Recenseamento eleitoral: TÉCNICOS DA GTAPE OUVIDOS NO MINISTÉRIO PÚBLICO

Três técnicos do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (Gtape) da Guiné-Bissau foram hoje ouvidos no Ministério Público, após denúncia feita por um grupo de partidos políticos que contestam o recenseamento, indicou o seu advogado, Alcides Gomes.
Os técnicos são João Okika de Sá, Bacar Sanhá e Mamadu Iaia Bary e estão todos afetos ao departamento de informática do Gtape.
Segundo o advogado Alcides Gomes, os três, que foram ouvidos durante várias horas no Ministério Público, foram denunciados por um grupo de partidos políticos que contestam o recenseamento eleitoral.
O grupo, composto, entre outros, pelo Partido da Renovação Social (PRS), o segundo mais votado nas últimas eleições guineenses e que faz parte do atual Governo em funções, acusa alguns técnicos do Gtape de alegada manipulação fraudulenta da base de dados do recenseamento com a finalidade de favorecer o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições legislativas de 2014.
O grupo instou o Presidente guineense a demitir a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, por alegadamente a governante, também dirigente do PAIGC, estar a tentar favorecer o seu partido nas eleições.
O advogado Alcides Gomes, que é diretor da Faculdade de Direito de Bissau, indicou que os três técnicos “entraram e saíram das audiências de consciência tranquila”.
“Cremos que não há motivos para alarme, porque eles fizeram um trabalho e é só técnico”, declarou o advogado, adiantando que aos três foi aplicado termo de identidade e residência, mas que não irá afetar, em nada, o seu desempenho no Gtape.
Perante a insistência dos jornalistas, Alcides Gomes precisou que aos três técnicos são imputados alguns factos, mas na sua perspetiva não constituem crimes.
“Na altura devida falaremos disso. É melhor esperarmos para ver como é que isto vai correr”, afirmou Alcides Gomes.
Os três técnicos, todos indigitados pelo Ministério da Economia e Finanças para prestarem serviço no Gtape, foram ouvidos em separado, mas sempre sob assistência do causídico.
Após as audições cada um retomou as suas atividades no Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral.
Fonte: Lusa

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