Os chefes das Missões da Paz das Nações Unidas na África Ocidental lembraram, no fim da tarde desta sexta-feira, 10 de maio de 2019, o Presidente da República da Guiné-Bissau que a nomeação de um novo Primeiro-ministro é crucial para o país neste momento. A advertência saiu da 34ª reunião de Alto Nível de Chefes das Missões da ONU na África Ocidental e Sahel que decorreu em Bissau, numa das salas de reuniões do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).
A reunião que decorreu sob a coordenação do Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Gabinete das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel (UNOWAS), Mohamed Ibn Chambas, visa fortalecer a coordenação, a fim de reforçar as sinergias para enfrentar os desafios comuns que as regiões da África Ocidental e do Sahel enfrentam. Para além do Representante Especial do Secretário-Geral para a África Ocidental e Sahel, estiveram presentes na reunião os Representantes Especiais do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), José Viegas Filho, os Coordenadores Residentes das Nações Unidas para a Costa do Marfim, Babacar Cissé e para a Libéria, Yacoub El Hillo e o diretor de Assuntos Políticos da Missão Multidimensional de Estabilização Integrada das Nações Unidas no Mali (MINUSMA), Bruno Mpondo-Epo.
Após análises de vários assuntos relacionados com a questão da segurança e paz nos diferentes países da sub-região, em particular a situação da Guiné-Bissau, os chefes das missões produziram um comunicado final no qual congratulam-se com a realização de eleições parlamentares pacíficas, credíveis e transparentes no país bem como elogiaram os atores nacionais e parceiros internacionais pelo apoio e colaboração prestados.
Expressaram ainda preocupações pelo fato de os esforços de estabilização pós-eleitorais estarem a enfrentar sérios desafios relacionados com o ressurgimento de divisões partidárias em torno da eleição dos membros da Mesa da Assembleia Nacional Popular. No entanto, instaram todos os partidos com representação parlamentar a trabalharem juntos de maneira construtiva para permitir que o parlamento centre as suas ações nas prioridades pós-eleitorais.
Aproveitaram a ocasião para apelar às autoridades nacionais e à Comissão Nacional das Eleições no sentido de completarem o ciclo eleitoral através da organização das eleições presidenciais antes do final de 2019, de acordo com a Constituição e a Lei Eleitoral. No fim, encorajaram os parceiros, em particular o Grupo dos Cinco (UA, CPLP, CEDEAO, UE e ONU), a continuar a coordenar as suas atividades e envolver os atores políticos guineenses, a fim de promover um diálogo genuíno e o desenvolvimento do país.
Por: Assana Sambú
Foto: Marcelo Na Ritche
Pra mim a mesa tem que ser bem constituida e depois prosseguir com nomiaçao do primeiro ministro e consequentimente a formacao do governo