Dirigente do PRS: “ARISTIDES GOMES DEVE DEMITIR-SE DO SEU CARGO DEVIDO À MÁ GESTÃO DOS ASSUNTOS CORRENTES DO ESTADO”

O vice-presidente do Partido da Renovação Social, Jorge Malú, exortou esta sexta-feira, 17 de maio de 2019 ao Primeiro-ministro Aristides Gomes para demitir-se do seu cargo enquanto chefe do governo, em vez de tentar demitir dois ministros, de Agricultura e do Interior, Nicolau dos Santos e Edmundo Mendes respetivamente, porque geriu mal os assuntos correntes do estado.

Jorge Malú falava em conferência de imprensa realizada na sede principal dos renovadores. Na ocasião, Malú disse que a tentativa do atual primeiro ministro de demitir do governo os dois membros visa fugir da sua responsabilidade e tapar a sua má gestão do executivo, que tinha, entre outros objetivos azer cumprir os termos de referência do acordo de Lomé.

 “Não queremos antecipar este assunto e esperamos que Aristides Gomes desista dessa intenção, porque quem deve pedir demissão neste momento é o próprio Chefe do governo, para facilitar as pessoas, porque não conseguiu honrar a sua missão que é pagar salários e gerir os assuntos correntes do Estado. Apenas organizou as eleições. Portanto, esperamos que o Presidente da República não aceite a proposta, porém se acontecer, o PRS reserva-se o direito de se posicionar sobre o assunto”, informou.

 Sobre caso “Arroz di Povo”, o PRS sustenta no seu comunicado que tomar uma decisão desta natureza, enquanto o inquérito corre os seus trâmites legais é no mínimo de uma extraordinária arrogância incompatível com as regras que regem um Estado de direito democrático. Adiantou ainda que o Partido da Renovação Social não permitirá julgamentos antecipados na praça pública, contrários aos ditames de Estado de direito e defenderá até às últimas consequências a honra dos seus dirigentes.

Pode-se ler ainda no comunicado que o PRS apresenta uma proposta para a estabilização política do país, como via alternativa para o retorno à normalidade institucional. Essa via passaria necessariamente pela promoção de um diálogo franco e sério à mesma mesa, no país, entre pelo menos as forças políticas parlamentares nomeadamente, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), a Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), o Partido Nova Democracia (PND), a União para a Mudança (UM) e as organizações da sociedade civil de forma a encontrar soluções perenes para esta crise com tendência de reincidência.

Por: Aguinaldo Ampa

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