Após reunião com Missão: LÍDER DO PAIGC PEDE FIRMEZA NA POSIÇÃO DA CEDEAO SOBRE A CRISE GUINEENSE

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, pediu ontem, 19 de junho de 2019, a firmeza na posição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para encontrar soluções sobre a crise política que assola de novo o país. E acrescentou ainda na sua declaração aos jornalistas, à saída da reunião com a missão, que o encontro com a delegação ministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decorreu de “forma tranquila e num ambiente de muita compreensão”.

Contudo, revela que, no concernente aos conteúdos essenciais em voga neste momento no país, a missão da CEDEAO exprimiu “a sua insatisfação” pelo fato de não estar a registar progressos em relação às constatações da última missão.

“Nós partilhamos também com a missão o nosso sentimento de que há entidades que procuram por outras vias conseguir aquilo que o voto popular não lhes deu, nem a Constituição nem as leis em aplicação na República da Guiné-Bissau”, repudiou.

Domingos Simões Pereira espera por isso que as instâncias sub-regionais sejam muito claras e firmes no seu pronunciamento para encontrar soluções à crise, a menos que permitam que seja o Estado da Guiné-Bissau, no uso das suas competências enquanto Estado soberano, possa fazer face aos desafios que o país enfrenta.

Convidado a pronunciar-se sobre a rejeição do seu nome pelo Presidente da República, José Mário Vaz, que na quarta-feira, 19 de junho, negou o nome indicado pelo partido vencedor das eleições legislativas de março, Domingos Simões Pereira disse ter recebido a notícia com “absoluta serenidade”.

“Nós recebemos isso com absoluta serenidade e estamos convictos que a utilização dos mecanismos democráticos vai permitir ultrapassar essas dificuldades”, afirmou sem mais pormenores.  

MADEM E PRS REFORÇAM POSIÇÕES E DEFENDEM COMPOSIÇÃO COMPLETA DA MESA DA ANP

O Movimento para a Alternância Democrática (Madem) através do seu porta-voz, Djibril Djaló, fez saber que as exigências ou a posição do seu partido não têm nada a ver com a formação do governo, mas sim com a constituição completa da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Por sua vez, Sola N´Quilin Na Bitchita, líder da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), revelou na sua declaração aos jornalistas, que a missão da CEDEAO recomendou redobrar de esforços conjuntos entre os partidos representados da ANP para a composição integral da Mesa da Assembleia Nacional Popular e, consequente, avançar para a formação do governo.

“Argumento do PRS na reunião foi exatamente isso, porque sem a composição completa da mesa é impensável que o parlamente e o governo funcionem normalmente”, reforçou.

Por: Filomeno Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche

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