POLÍCIA JUDICIÁRIA FEZ APREENSÃO DE CERCA DE DEZ KG DE DROGA

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau procedeu  na noite de 04 de julho de 2019, no voo da Transportadora Aérea de Portugal (TAP), a apreensão de aproximadamente dez quilogramas de droga, tipo cocaína, proveniente do Brasil com destino à Bissau. A droga era transportada do Brasil, em uma quantidade de 9, 554 quilogramas, em duas embalagens de cobertores camuflada.

Ou seja, o estupefaciente foi impregnado em lençóis de bebés e adultos. O grupo detido, cujo número não foi revelado pela Polícia Judiciária, é uma rede transnacional e envolve cidadãos nacionais e, eventualmente de outras nacionalidades.   

A operação que culminou na apreensão do estupefaciente decorreu em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Droga da Polícia Judiciária Portuguesa. 

Uma fonte da PJ guineense confidenciou ao Jornal O Democrata que se o grupo não tivesse sido desmantelado (detido) e apreendido o produto, a droga em causa deveria ser recebida por um destinatário anónimo nos serviços das alfândegas do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” e encaminhada posteriormente para um endereço falso no bairro de Belém, em Bissau. 

Em declarações aos jornalistas, Domingos Monteiro Correia, Diretor Adjunto Nacional da Polícia Judiciária, encara com certa preocupação a técnica utilizada pelo grupo criminoso na dissimulação do estupefaciente.

“Nós queremos dizer que é um novo “modus operandi”, e a Polícia Judiciária está a trabalhar no sentido de ter todos os detalhes adicionais quanto a esse processo”, referiu, assegurando que as autoridades nacionais estão determinadas, particularmente a PJ, em lutar contra o tráfico de droga e, consequentemente, limpar o nome da Guiné-Bissau que tem sido conectado a esse fenómeno.

Domingos Monteiro Correia expressou a sua inquietação quanto à técnica com que a rede criminosa tem estado a trabalhar e disse que essa técnica requer uma resposta inteligente da PJ, não só das suas valências, como também da sua perícia, da sua capacidade de análise e de recolha de informações de trabalho no terreno.  

“Portanto, é uma preocupação para nós. Se há um processo de impregnação de droga, é porque no destino final deverá haver estruturas suficientes para o seu tratamento, ou seja, a sua retirada do objeto no qual foi impregnada a cocaína”, disse.

Domingos Monteiro Correia realça a necessidade de a PJ reforçar o seu trabalho, com “apoio considerável” do governo da Guiné-Bissau e parceiros, numa aposta de criação de condições de trabalho.

Por: Filomeno Sambú

Fotos: Cortesia de Alison Cabral

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