“O DEMOCRATA” ANUNCIA A REDUÇÃO DE PREÇOS DO JORNAL PARA 100 FRANCOS CFA

O Editor Chefe do jornal O Democrata, António Nhaga, anunciou que a partir da próxima semana o jornal passa a vender cada exemplar (impresso) a cem (100) francos CFA para permitir que todos os cidadãos eleitores tenham acesso à informação. Na perspetiva de Nhaga, envolver o público a ler mais textos  que o jornal produz passa pela democratização do acesso às informações deste órgão guineense da imprensa escrita. 

O desejo foi tornado público esta sexta-feira, 09 de agosto de 2019, na celebração dos sete anos desta instituição criada a 9 de agosto de 2012. Nhaga sustentou que a intenção é  atacar e neutralizar as “bocas alugadas”, porque, a questão que se coloca hoje em dia no jornalismo guineense, e com a maior frequência, tem a ver com  desinformações, pelo que a direção julgou que continuar a vender o jornal a quinhentos  (500) FCFA [tarifa do mercado nacional], estará a reduzir  a possibilidade de os cidadãos terem acesso às informações de qualidade, documentadas, apuradas, verificadas e antes de serem publicadas.

Preocupado igualmente com o que se verifica atualmente no jornalismo no mundo, António Nhaga assegurou que a ideia do jornal é mostrar aos leitores que alguma coisa foi deixada para atrás no jornalismo nacional, pelo que é necessário reabilitar tudo quanto foi esquecido, através de mudanças que vão em consonância daquilo que é hoje a realidade mundial.

“Porque de fato a imprensa escrita, como a nossa, que tem uma linha editorial assente na pesquisa, tem de corresponder às expetativas contemporânea”, sublinhou.

Espera neste sentido que o leitor de O Democrata faça parte, sobretudo da estratégia da ação de produção dos seus conteúdos úteis ao consumo humano.

Por sua vez, Rui Infaca, Secretário-geral da Secretaria de Estado da Comunicação  Social, reconheceu o trabalho e a dedicação do jornal e dos profissionais que nele exercem e encorajou-os a prosseguir nessa linha editorial que tem a ver não só com a divulgação de informações, mas sobretudo pesquisar e procurar a essência dos fatos para que a população  possa beber de informações credíveis, certas e corretas.

“Permitam-me partilhar convosco um fato que me comoveu bastante: uma vez eu estava lá no interior do país, numa tabanca de nome Nguenkem. Quando lá cheguei, conheci dois jovens, que tinha conhecimento que eu vinha de Bissau. Por acaso, estavam a falar do jornal e o nome do jornal era O Democrata. O fato comoveu-me muito. Hoje o jornal propôs-se baixar o preço de venda, ao invés de quinhentos desceria para cem francos CFA [cerca de 0,15 euros]. Portanto, saio daqui muito alegre por saber que a população  guineense vai de fato poder beneficiar de informação que o jornal edita e publica”, narrou.

Infaca encorajou a iniciativa de baixar o preço do exemplar como forma de facilitar o acesso à informação à população guineense em geral, à classe política, à elite, bem como a classe estudantil,  também interessada em ter  esse jornal para poder estar informada.

Por: Filomeno Sambú

Fotos: F:S

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