Campanha eleitoral: SISSOCO EMBALÓ EXIGE RETIRADA URGENTE DA ECOMIB DA GUINÉ-BISSAU

O candidato às presidenciais de 24 de novembro suportado pelo Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, exigiu na terça-feira, 12 de novembro de 2019, a retirada urgente da ECOMIB, força da interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), do território guineense. Candidato do MADEM falava num comício popular no sector de Bigene, região de Cacheu, norte do país, no qual disse que problemas da Guiné-Bissau devem ser resolvidos internamente, sem a intervenção de comunidade internacional. 

Sissoco Embaló garantiu aos populares de norte que se for eleito Presidente da República vai usar a sua magistratura de influência para que o país possa viver na unidade nacional. Embaló voltou a criticar a presença ou eventual envio de forças estrangeiras para a Guiné-Bissau e exige que ECOMIB se retire urgentemente do território guineense.

O candidato presidencial em digressão pelas regiões do país na caça a votos dos eleitores criticou igualmente duramente a atuação da CEDEAO no país e fez lembrar que a independência do país custou sangue e suor dos combatentes da liberdade da pátria. Sissoco Embaló sublinhou, no entanto, que a Guiné-Bissau tem as suas instâncias judiciais para avaliar se um governo é inconstitucional ou não, mas não deve ser a CEDEAO a decidir e violar o decreto de chefe de Estado de um país soberano.

O antigo primeiro ministro, que agora concorre às presidenciais de 24 de novembro, disse que o atual governo não lhe informou de envio de forças armadas estrangeiras à Guiné-Bissau, um assunto que  na sua opinião deve ser do conhecimento de todos os candidatos concorrentes, não apenas de Domingos Simões Pereira.

 O candidato suportado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) alertou neste sentido que está a ser preparada a fraude eleitoral. Por isso, defende a necessidade dessa questão ser abordada eficazmente e com toda a seriedade, caso contrário, insiste que “o cenário vai ficar feio”.

“Ou morremos todos ou viveremos em paz”, notou para de seguida garantir que vai resgatar a Guiné-Bissau da colonização imposta pela comunidade internacional.

Por: Djamila da Silva

Foto: O Democrata

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *