MEDIDAS RESTRITIVAS DO GOVERNO AUMENTAM PRESSÃO AO CONSUMIDOR GUINEENSE

As medidas restritivas adotadas pelo governo da Guiné-Bissau, na sequência dos dois casos de novo Coronavírus (Covid-19) registados no país aumentaram, em menos de 24 horas, a pressão ao consumidor.

Esta manhã, 26 de março de 2020, uma feira improvisada, por apenas algumas horas, à entrada de Pefine da Areia, arredores de Matandim, seção de Bôr, foi “invadida” por um grupo de pessoas que se deslocou ao local para comprar malagueta  “candja” e “ badjigui”, sinais claros de que a maior parte dessas pessoas poderá ter no seu almoço o prato típico chamado “futi”, devido a escassez de alguns produtos da primeira necessidade.

Horas antes, o repórter de O Democrata esteve no bairro de Pefine de pescadores onde encontrou cerca de uma dezena de viaturas e desportistas que fazem diariamente exercícios matinais das suas localidades até ao Pefine de pescadores e no final dos exercícios aproveitavam para fazer pequenas compras (legumes, peixes, etc). Hoje, a grande verdade é que ninguém destes desportistas estava em exercício matinal como habitualmente acontecia, mas sim a procura de peixe e de legumes, etc.

Apesar da pressão, o ambiente estava calmo e não se ouvia palavras obscenas ou insultos que pudessem suscitar reações de um ou de outro lado. Apenas era audível “mindjer ami ki purmeru, bindin pis!” Mas tudo isso em tons suaves sem nervosismo a flor de pele. Eram de fato dezenas de pessoas a tentarem conseguir alguma coisa que as deixasse ficar em casa por uns quatro ou cinco dias, cumprindo assim as medidas restritivas adotadas pelo governo liderado por Nuno Gomes Nabiam.  

Infelizmente, o repórter do semanário não conseguiu reter as imagens dessas pessoas e viaturas para ilustrar o ambiente que se vivia no local, porque a bateria da sua câmera estava descarregada e teve que recorrer, através da cortesia de um amigo, à  imagem da pequena feira improvisada à entrada de Pefine da Areia que mostram as poucas pessoas que estavam no Pefine de pescadores, mas sem  viaturas.

Por: Filomeno Sambú

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