O deputado guineense Marciano Indi, da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, sequestrado hoje nos arredores de Bissau, já foi libertado, disse à Lusa fonte do parlamento guineense.
“O deputado já está livre dos desconhecidos que o sequestraram depois da intervenção do presidente da Assembleia Nacional Popular”, disse a mesma fonte.
Segundo a fonte, o deputado esteve em casa do presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, está bem de saúde e foi levado para sua casa perto da localidade de Safim.
A população de Safim, a cerca de 15 quilómetros da capital da Guiné-Bissau, invadiu hoje o posto de segurança daquela localidade, na sequência do rapto por desconhecidos do deputado guineense Marciano Indi.
Marciano Indi é filho do antigo régulo de Safim e um “homem muito querido pela população”, acrescentou.
É conhecido pela sua posição de crítica feroz ao atual poder na Guiné-Bissau, nomeadamente ao líder da APU-PDGB e primeiro-ministro, Nuno Nabian, com quem se incompatibilizou de forma aberta.
Indi tem defendido a continuidade do seu partido no acordo de incidência parlamentar assinado com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em março passado, para desta forma criar uma maioria no parlamento.
Nabian, que assinou o acordo com o PAIGC, entretanto invalidou aquele compromisso, firmando outro com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e o Partido da Renovação Social (PRS).
Com base neste acordo, Nabian reclama uma nova maioria parlamentar, mas sem o PAIGC.
Numa entrevista, na quinta-feira à noite, a um canal televisivo nas redes sociais, Marciano Indi voltou a colocar em causa a maioria reclamada por Nabian, defendendo que se o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, conceder o direito de governar “à pretensa nova maioria” estará a cometer uma inconstitucionalidade.
Um irmão do deputado confirmou que aquele foi raptado na localidade de Djaal quando se encontrava na sua viatura, ao lado do motorista e de um amigo.
O Democrata/lusa
foto: RSM
Na minha humilde opinião, O democrata, tem que começar a fazer jornalismo da investigação.