Morte de Bernardo Catchura: PJ DETEM MÉDICOS QUE ATENDERAM O ATIVISTA BERNARDO NO HOSPITAL SIMÃO MENDES

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, no início da tarde desta quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021, os médicos Lassana N’Tchasso e Arlindo João Quadé. Os dois especialistas teriam atendido, nas urgências do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), o ativista e jurista Bernardo Mário Catchura, tendo-o encaminhado posteriormente para uma clínica privada do Dr. Lassana N’Tchasso, sito no bairro militar, em Bissau, alegando falta de oxigénio para intervenção cirúrgica.

De acordo com a informação a que O Democrata teve acesso   junto da corporação policial, Lassana N’Tchasso era o médico que estava de serviço (plantão)  no HNSM naquele dia e estava a ser coadjuvado por Arlindo João Quadé, também ele médico.

A fonte adianta que o médico Arlindo João Quadé atendeu o malogrado e depois orientou-o para ir à clínica privada do cirurgião Lassana N’Tchasso, no bairro militar, porque “não havia oxigénio no bloco operatório do Hospital Nacional Simão Mendes”.

Bernardo Mário Catchura faleceu a 29 de janeiro de 2021, vítima de dores de barriga, depois de tentar um tratamento médico no hospital militar, no hospital Simão Mendes e na Clínica do Dr. Lassana N’Tchasso, onde acabou por perder a vida.

A PJ iniciou uma investigação e no âmbito da mesma, deteve hoje os dois médicos cirurgiões, que se encontram neste momento nas celas do Centro de Detenção da PJ de Bandim.

Entretanto, a vice-Procuradora Geral da República, Teresa Mendes, tinha anunciado ontem (terça-feira) a abertura de um inquérito e pediu calma aos amigos e familiares de Bernardo Catchura, falecido na passada sexta-feira, aos 39 anos de idade.

“O Procurador Geral da República mandou abrir o competente inquérito para apurar responsabilidades de quem quer que seja”, na morte de Catchura, que era também músico e jurista.

Por: Assana Sambú

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