A Plataforma Política de Mulheres (PPM), defendeu esta segunda-feira, 27 de dezembro de 2022, a necessidade de se aplicar a Lei de Paridade para garantir a maior representatividade das mulheres nos lugares de tomada de decisões. A preocupação foi tornada pública pela presidente da PPM, Silvina da Silva Tavares, depois de um encontro mantido com a direção do Partido da Renovação Social (PRS). 

Silvina da Silva Tavares explicou que o encontro insere-se no quadro de atividades realizadas pontualmente pela sua organização sempre que houve eleições tanto legislativas como presidenciais. Lembrou que uma das missões da plataforma é fazer lobby junto dos líderes políticos e das estruturas das mulheres dos partidos políticos sobre esse assunto.

Explicou que desta vez decidiram primeiro fazer um diagnóstico junto das mulheres para se informarem sobre a situação no seio do partido, depois agendar um encontro com os líderes para sensibilizá-los que têm mulheres no partido que podem preencher as listas de candidatos a deputado.

Exortou aos líderes políticos para darem uma atenção especial à camada feminina para fazer valer os direitos das mulheres que têm uma contribuição a dar, por existir mulheres capazes de preencher lugares de destaque.

A ativista advertiu ao Supremo Tribunal de Justiça no sentido de prestar atenção na averiguação das listas dos partidos e assegurar o cumprimento da obrigatoriedade de apresentar 36% de quota de mulheres ao cargo de deputado. 

“Muitas vezes não se verifica na prática a lei de paridade, tendo em conta a seleção feita pelos partidos. Por exemplo, na última legislatura (2019) existiu um grupo de mulheres que constava da lista. Só que as suas candidaturas foram colocadas nas zonas geográficas com pouca pouca possibilidade de serem eleitas pelos seus partidos. Portanto não houve cumprimento da Lei e as mulheres ficaram com 14 por cento” notou.

Por: Carolina Djemé