Opinião: A PROPÓSITO DA DELIMITAÇÃO DA FRONTEIRA MARÍTIMA E DA ZONA DE EXPLORAÇÃO COMUM ENTRE A GUINÉ-BISSAU E O SENEGAL

Vivemos na iminência da renovação do Acordo de Gestão e Partilha da “Zona de Exploração Comum” entre o Senegal e a Guiné-Bissau, um tema de extrema importância do ponto de vista da preservação da integridade territorial do nosso país e da manutenção do direito de propriedade sobre os nossos recursos naturais, alicerces importantes para a viabilização do desenvolvimento socioeconômico e para o bem-estar das nossas futuras gerações.

Era de se esperar que a nação guineense inteira estivesse envolvida neste momento em debates e reflexões, visando uma avaliação profunda do escopo deste contrato, dos seus ônus e bônus para a nossa sociedade e da pertinência de sua continuidade. Contudo, Bissau vive outra atmosfera e o que persiste é o silêncio sobre a matéria, a completa desinformação e especulações, alimentadas precisamente pelo silêncio e pela desinformação.

Na qualidade de cidadão guineense e Geólogo, tenho acompanhado a evolução dos trabalhos de prospecção de hidrocarbonetos na Guiné desde 1995 quando, no desenvolvimento da minha dissertação de mestrado pela Universidade de São Paulo, desloquei-me a Bissau, para levantar as potencialidades do país em recursos energéticos. Pude levantar toda a trajetória das concessões para exploração de petróleo na Guiné e sua execução, desde 1958, ano em que foi assinado o primeiro contrato entre a ESSO e o então governo português, até os últimos trabalhos realizados pelo Consórcio liderado pela ELF, que se prolongou até 1991. Retomei o meu exercício de acompanhar os trabalhos de prospecção de petróleo na Guiné a partir de 2003, com o início das atividades da petrolífera inglesa Premier Oil e, acompanhei de perto as duas últimas perfurações dos poços exploratórios Eirozes e Espinafre, em 2007. Estava em Bissau, não por acaso, quando decidiram pôr fim às suas atividades exploratórias na Guiné. Em todos estes casos, o meu foco era conhecer o comportamento geológico das diferentes unidades estratigráficas perfuradas e tentar compreender um pouco melhor a porção guineense da Bacia MSGCB (iniciais dos países Mauritânia, Senegal Gâmbia, G-Bissau e G-Conacri. Esta bacia sedimentar é comum a estes países).

A questão do acordo de exploração comum e da partilha dos recursos entre Senegal e Guiné-Bissau, só começou a me chamar atenção recentemente e, considerando este momento da caducidade do contrato que instituiu a Zona de Exploração Comum e a Agência de Gestão e Cooperação em 1995, sinto-me no dever de compartilhar algumas preocupações e questionamentos que venho nutrindo de uns tempos a esta parte. E confesso que quanto mais me aprofundo nesta questão, mais aumenta a minha indignação enquanto cidadão.

A primeira questão tem a ver com a delimitação da nossa fronteira marítima com o Senegal. Reza a história que em 26 de abril de 1960, sob a proposta do governo francês, foi assinado o acordo franco-português, através de uma troca de notas, que estabeleceu o traçado do Azimute 240, como limite da fronteira marítima entre os dois territórios. A linha do Azimute 240 (linha AC, tracejada escura no Mapa-1) é inclinada na direção NE-SO, em relação aos paralelos mais próximos e, portanto, suprime parte do que seria o mar territorial do nosso país. Era de se esperar que esta linha de fronteira fosse uma linha horizontal, a partir do ponto de cruzamento da fronteira terrestre com a linha do litoral (linha AB, tracejada amarela, coincidente com o Az. 268 no Mapa-1).

Mapa – 1

Em evidência a zona do Dome Flore e as linhas do Azimute 220, 240 e 268.O triângulo ABD representa a zona de exploração comum.

 

A metodologia usada neste caso foi o prolongamento da linha de intercessão da fronteira terrestre com a linha de baixa-mar na região de Cabo Roxo.

Uma observação ampliada da linha de fronteira neste ponto mostra que apesar de a linha de fronteira terrestre da Guiné correr horizontalmente, neste ponto, em particular, ela tem uma inclinação que, se prolongada coincide com o Azimute 240. Não obstante, esta é exatamente a situação da fronteira Sul entre Senegal e Gâmbia e da Fronteira Norte entre Senegal e Mauritânia. Contudo, nestes casos, as linhas de fronteira marítima foram traçadas horizontalmente e não através do prolongamento da linha de intercessão com o litoral, como mostrado no Mapa-2. Teria alguma razão especial para este traçado esquisito? Esta foi a minha primeira dúvida.

Após a independência da Guiné-Bissau, os nossos dirigentes questionaram o bizarro e injusto traçado da fronteira marítima Norte, partindo, a priori, para negociação com o Senegal que, naturalmente, alegou o acordo luso-francês de 1960 e a intangibilidade das fronteiras herdadas do colonialismo. A Guiné-Bissau insistiu e teve que recorrer à arbitragem internacional e posteriormente ao Tribunal Internacional de Justiça da AIA para reclamar a justa delimitação de sua fronteira com o vizinho Senegal, sem sucesso.

Quero, antes de mais, salientar a grande desproporção com que a Guiné se apresentava nestes embates frente ao Senegal. Enquanto nós íamos com cara e coragem, levando meia dúzia de funcionários do Estado, na maioria das vezes leigos no assunto, Senegal se fazia acompanhar de dezenas de especialistas e assessores oriundos de importantes instituições internacionais e instrumentalizados de informações concretas sobre a matéria, portanto, conscientes do que queriam e em condições de tirar proveito do nosso despreparo e amadorismo. Naturalmente que a culpa não é do Senegal, que está no seu direito de defender as suas fronteiras e de apropriar de recursos para suas futuras gerações, ainda que de forma fraudulenta. A culpa é nossa. Está no nosso modus operandi de promover a mediocridade e rejeitar as competências.

Outra questão que me vem à tona é precisamente a data, o momento da celebração deste acordo entre Portugal e França (26 de abril de 1960). Pois bem!… Qual é a data da independência do Senegal? Se a resposta é 4 de abril de 1960, como nos diz Google e 100% dos senegaleses que eu conheço, então o acordo foi assinado já com o Estado do Senegal independente. Portanto, não pode ser alegada a intangibilidade das fronteiras coloniais. Mas se a independência do Senegal foi a 20 de agosto de 1960, como escreveu o Prof. Ibou Diaité, no seu trabalho “Le règlement du contentieux entre la Guinée-Bissau et le Sénégal relatif à la délimitation de leur frontière maritime”, a questão é perguntar o porquê da pressa da França em estabelecer este traçado com Portugal 4 meses antes da independência da sua colônia?

Pesquisando cheguei a seguinte constatação: o Azimute 240 não foi traçado por acaso. Deveu-se ao facto de a França ter descoberto, ainda nesse mesmo ano, o “Dome Flore”, conforme publicou Gas & Oil Connections do Institute for Global Energy, a 23 de fevereiro de 2004. “In 1960, the French-firm TotalFinaElf discovered the Dome Flore and Gea fields, which contains estimated reserves of 700 mm barrels of heavy crude, in waters offshore southern Senegal”.  Dome Flore e Dome Gea são Domos ou Diápiros Salinos, uma estrutura geológica intrusiva, normalmente associada à acumulação de hidrocarbonetos, servindo de trapas para rochas reservatórias. A região do Dome Flore está representada no Mapa-1.

Uma linha de fronteira marítima traçada horizontalmente, como era de se esperar e, aliás, como são todas as outras linhas de fronteiras marítimas do Senegal (com a Gâmbia e com a Mauritânia, não obstante estarem presentes os fatores que justificaram o Azimute 240, no caso da Guiné) deixaria o Dome Flore dentro da fronteira guineense. O Mapa – 2 mostra claramente os traçados das fronteiras marítimas do Senegal com os diferentes países e a inclinação proposital da fronteira com a Guiné-Bissau, acordado às pressas com Portugal.

Mapa – 2

Linhas de fronteira marítima entre o Senegal, Gâmbia e Mauritânia, traçados horizontalmente, enquanto que a de fronteira com a Guiné-Bissau, inclinada seguindo o Azimute 240.

Alinhamento do Azimute 240 a partir de interseção da linha fronteira terrestre com a linha de baixa-mar na região de Cabo Roxo é precisamente o ângulo suficiente e necessário para incluir o Dome Flore na parte senegalesa.

Será que naquela nota do governo francês de 1960, fizeram saber a Portugal os reais motivos do traçado do azimute 240?

Será que Portugal tinha a noção da existência do Dome Flore em suas águas ultramarinas até assinarem esse famigerado acordo?

Será, caros juristas guineenses, que este facto é irrelevante? Será que foi levado em conta, pelos negociadores guineenses, nos anteriores debates nos tribunais internacionais que deram ganho de causa a Senegal? Será que não pode ser alegado, para mostrar a má fé da França ao esconder um facto importante e forjar um acordo para tirar vantagem para sua colônia onde seu interesse estará preservado intacto, mesmo após a independência?

O traçado do Azimute 240 foi uma herança maldita que Portugal nos legou e que amputou parte do nosso mar, muito provavelmente pela ignorância, pela subserviência à França ou pelo pouco zelo que esta potência colonial dispensava a essa sua colônia “problemática”, contrariamente às outras colônias cuja geodiversidade se apresentava com maior evidência. Contudo, está muito claro que França sabia perfeitamente o que estava fazendo e suas ações foram meticulosamente calculadas, tais quais as ações do Senegal, nas posteriores negociações e acordos com a Guiné-Bissau. Portugal nos deve esta!…

Mas a delimitação da fronteira marítima é apenas uma das questões, talvez a menos importante para o momento, contudo acho que os nossos juristas devem se instrumentalizar, estudar ao fundo esta questão, se amparar nas mais profundas teorias jurídicas e filosóficas para voltarem a questionar este assunto no futuro.

Para mim, a mais grave “enganação” ao povo da Guiné-Bissau foi o Acordo de Exploração Comum entre Senegal e Guiné-Bissau assinado em 1993. Este acordo incrementa a amputação de parte do nosso mar e amplia a zona de influencia do Senegal para o Azimute 220, acrescida da indecente proposta de partilha 85×15. Trata-se de um autêntico acordo de cavalo e cavaleiro, como diria Ahmed Sekou Toure, onde o cavalo é a Guiné-Bissau e o cavaleiro, o Senegal. O acordo que na Guiné é apelidado, injustamente, de Matemática de Boé deve ser renomeado de Matemática de Dakar. A Madina de Boé heróica não tem nada a ver com essas “lambanças”. Suas bases foram formuladas em Dakar e é ali que deve ficar para sempre.

Este acordo surgiu após a última sentença do Tribunal de HAIA, recusando o pleito guineense de alterar a demarcação da fronteira marítima. Foi neste contexto que Senegal apareceu no papel de bom vizinho e travestido do mais puro altruísmo, a propor a exploração conjunta de uma zona que, de outro modo, seria dele e só dele. Este ato, celebrado por senegaleses, guineenses, africanos em geral e estudiosos de Relações Internacionais como exemplo da mais sublime benevolência do Senegal e um caso exemplar de solução pacífica de um conflito, protagonizada pelos próprios envolvidos, escondia, em verdade, a mais cruel gatunagem e apropriação indébita de recursos naturais e de parte do território de um país vizinho, aproveitando-se das fraquezas e instabilidades desse país.

A proposta senegalesa, subscrita pelas autoridades guineenses em 1993 envolvia a transformação da zona que era de conflito em uma Zona de Exploração Comum (ZEC) e de partilha dos recursos auferidos dessa exploração. Ao mesmo tempo seria criada uma agência, a Agência de Gestão e de Cooperação (AGC), para gerir a referida zona.

O que é que tem de errado na criação desta ZEC e da AGC? O problema é que a Zona de exploração conjunta não se limitou ao Azimute 240, do acordo Luso-francês de 1960. Os senegaleses reivindicaram mais área dentro do território guineense

A zona de exploração conjunta passou a ser limitada pelo triângulo ABD do Mapa-1, ou seja, vai do azimute 220 (linha AD, tracejada vermelha, Az. 220), 20 graus abaixo do azimute 240, portanto nas entranhas das águas genuinamente guineenses, ao azimute 268 (linha AB tracejada amarela), 28 graus acima do azimute 240, o traçado que na verdade deveria ser a fronteira marítima, não fosse à esperteza dos franceses.

Encarecidamente peço a vossa atenção para perceberem exatamente o que aconteceu. De olhos no Mapa-1, por favor. Se o acordo luso-francês de 1960 deu para Senegal a área do triangulo ABC, o acordo de exploração comum assinado por nós mesmos em 1993 deu para Senegal a área do triângulo ABD, onde poderá explorar petróleo à vontade e ficar com 85% do lucro, nos entregando os míseros 15%. É esta a questão principal, em causa!…

E como referi no início, as ações franco-senegalesas sempre foram muito bem arquitetadas e munidas de informações privilegiadas, no sentido de maximizar os ganhos para o Senegal, aproveitando das fraquezas das autoridades guineenses. A insistência do Senegal em limitar a zona de exploração conjunta a partir do azimute 220, não foge a regra. Tem a ver com as informações científicas já disponíveis na altura, de que a porção guineense da bacia MSGBC tem os maiores potenciais para os hidrocarbonetos, se comparada com o restante da bacia. Ou seja, da mesma forma que em 1960 o traçado do Azimute 240 foi guiado pela ambição de se apoderar do Dome Flore, o traçado do Azimute 220 de 1993 teve como principal motivo lançar mão à porção guineense da bacia MSGBC, hoje reconhecidamente, uma joia em termos de potencialidade em petróleo.

O próprio Prof. Ibou Diaité, um senegalês, reconhece este fato quando escreve: “D’autant que des études montrent que par rapport aux autres Etats de la sous-région (Mauritanie, Sénégal, Gambie, Guinée-Conakry), «la Guinée-Bissau possède le plus fort potentiel en hydrocarbures» et qu’à l’avenir, elle a plus de chance de découvrir du pétrole si elle consent à d’importants travaux de recherche. D’ailleurs, selon les mêmes études, le gisement du Dôme Flore n’est qu’une partie infime du potentiel en hydrocarbures de la sous-région, dont la plus grande proportion se trouve en Guinée-Bissau”.

E esta afirmação não é do Dr. Diaité, mas de dezenas de trabalhos recentes de Geólogos e companhias petrolíferas, realizados ao longo e toda a Bacia MSGBC.

Portanto, a maior imoralidade está na ousadia das propostas de partilha dos recursos da zona de exploração conjunta e nas suas justificações falsas e hipócritas. A proposta de partilha dos recursos em hidrocarbonetos em 85% para Senegal e 15% para a Guiné-Bissau baseou-se na falsa premissa de que Senegal já tinha uma reserva provada de petróleo em Dome Flore, onde já havia feito importantes investimentos financeiros e que a parte guineense não tinha potencial comprovado em petróleo. Inclusive isso levou a que Senegal não incluísse Dome Flore, na sua totalidade, na zona de exploração conjunta. Hoje sabemos que é exatamente o contrário. A tal propalada potencialidade do Dome Flore não se confirmou até o momento e Sinapa, Sardinha, Esperança e outros campos estudados no offshore guineenses, inclusive o PGO-3 perfurado pela ESSO em 1968 se revelaram gigantes em potencial. Mesmo assim, manteve os 85 x 15. Ou seja, mesmo após Dome Flore se converter em um fiasco e saber que a porção Guineense da Bacia é potencialmente a mais produtiva, ousa-se continuar a falar em 85 x 15!?… E tem gente em Bissau que afirma de forma categórica que os 15% são um favor que Senegal presta a Guiné-Bissau!…

No que concerne à exploração de recursos haliêuticos, a Guiné-Bissau deixou, mais uma vez, se levar por outra premissa falsa e enganosa por parte do Senegal. A divisão dos recursos da pesca foi estabelecida em 50% para Senegal e 50% para a Guiné-Bissau. E a premissa é de que a hidrologia e a sedimentologia das duas partes são similares e que, portanto as mesmas espécies de criaturas marinhas são encontradas em quantidade e em variedades semelhantes em ambos os lados da fronteira.

Onde está a inverdade a olhos nus, neste caso? A mentira é que a hidrologia do litoral guineense é suis generis e muito diferente da parte senegalesa. O nosso litoral é formado por um conjunto de ilhas, o Arquipélago dos Bijagós, que servem de barreiras aos nutrientes transportados pelos rios a partir do interior. E ali junto com os tarrafes, se forma um ecossistema especial, única, verdadeiro berçário da vida marinha, propiciando uma superpopulação e biodiversidade de espécies, o que não se verifica em nenhuma parte do Senegal. E a sedimentologia é consequência da hidrologia. Qualquer guineense ou senegalês sabe muito bem disso. A prova está no assalto que é promovido por pescadores de toda a costa ocidental africana, inclusive por senegaleses, às nossas águas, capturando impunemente o pescado para vender em seus países. A honestidade e a decência exigiriam no mínimo que se estabelecesse a mesma proporção adotada para os hidrocarbonetos, mas de forma invertida, ou seja, a Guiné-Bissau ficaria com 85% e Senegal com 15% dos recursos oriundos da pesca. Mesmo porque os próprios senegaleses reconhecem que a pesca artesanal é mais desenvolvida no Senegal do que na Guiné-Bissau e, portanto são eles que mais, senão os únicos que ganham com a pesca nesta área.

Para concluir e remetendo-me às questões iniciais, coloco as seguintes interrogações:

  • A quem serve este acordo?
  • Qual o nível de informação que os guineenses têm a cerca da Agência de Gestão e Cooperação? Qual o seu corpo técnico e quantos guineenses estão envolvidos?
  • Quanto custa a sua manutenção, considerando que os custos devem ser repartidos entre os Estados, e qual a nossa situação financeira, estamos devendo ou “podendo”?
  • Quais os trabalhos de investigação realizados, tanto no domínio de hidrocarbonetos quanto no domínio das pescas?
  • Quantos, em termos de remessa financeira oriunda da exploração das pescas, a Agência já remeteu para a Guiné-Bissau?
  • Tendo terminado o primeiro período de 20 anos, qual a necessidade de dar continuidade a este acordo de cavalo e cavaleiro, uma vez demonstrada a má fé, em todo o seu percurso?

O problema é que muitos guineenses pensam que precisamos de Senegal ou de qualquer outro país para nos financiar a exploração do nosso petróleo. Isto é um tremendo engano. Não precisamos de nenhum país para explorar o nosso petróleo. Precisamos, sim, é de nós mesmos nos organizarmos, deixarmos das politiquices mesquinhas e de criar instabilidades; precisamos promover as competências nacionais para solucionarmos dos nossos problemas; precisamos fortalecer a nossa empresa nacional de petróleos, a PETROGUIN e livrá-la dos jogos de nomeações políticas inconsequentes. Dotá-la de infraestrutura, corpo técnico competente e laboratórios adequados para a realização de estudos de interpretação de perfis de sondagens, da evolução estratigráfica e estrutural da Bacia, entre outros, para aumentar as nossas informações científicas sobre ela e assim, aumentar o valor dos contratos com as empresas interessadas. Uma empresa de petróleo é, e tem que ser, necessariamente, um centro de pesquisas em geociências e em outros temas voltados à indústria de petróleo. Não pode ser objeto de nomeações políticas obtusas, como tem se verificado na PETROGUIN.

A exploração de petróleo se faz entre o país interessado e as empresas petrolíferas multinacionais. Estas assumem o contrato de risco e trazem o seu equipamento e técnicos para fazer o estudo exploratório. Se achar o petróleo, leva a sua parte, conforme o contrato e deixa a parte restante com o país. Se não achar nada, arruma o seu n’buludjo, e vai embora, podendo ter gasto milhares de dólares nas atividades, sem que o país precise pagar por isso. Portanto, não precisamos do Senegal para explorar o nosso petróleo. Precisamos é de seriedades para atrair empresas petrolíferas, de uma PETROGUIN tecnicamente forte e organizada e de bons profissionais entre juristas, financistas e geocientistas, que saibam o que deve ser negociando, do ponto de vista técnico/científico, financeiro e jurídico.

Termino por dizer que este acordo não traz nenhum benefício à Guiné-Bissau, antes pelo contrário, é prejudicial em todas as vertentes e deve ser imediatamente denunciado. A Zona de Exploração Comum é um artifício senegalês para alcançar o nosso mar, o nosso petróleo e os nossos peixes. Por este motivo deve ser extinta e com ela a Agência de Gestão e de Cooperação. Retornemos à fronteira de 1960, já que em princípio é intangível, pois é menos danoso para nós do que a ZEC.

É uma pena que não reconheço a seriedade, a competência, o patriotismo e a independência de pensamento e de ação nos atuais dirigentes da Guiné-Bissau, em promover esta verdadeira revolução. Infelizmente!

 

 

Dr. Orlando Cristiano da Silva, Geólogo Guineense 

Divisão Científica de Petróleo, Gás Natural e Bioenergia

Instituto de Energia e Ambiente

Universidade de São Paulo

gbntumbo@iee.usp.brorcsilv@gmail.com

www.iee.usp.br

 

 

 

35 thoughts on “Opinião: A PROPÓSITO DA DELIMITAÇÃO DA FRONTEIRA MARÍTIMA E DA ZONA DE EXPLORAÇÃO COMUM ENTRE A GUINÉ-BISSAU E O SENEGAL

  1. Governantes pífios. Está muito claro que todas essas concessões foram a troco de corrupção de governantes á época.

  2. Obrigado pela reflexão e esclarecimento. Acredito que os nossos dirigentes saberão defender os nossos interesses, Caso contrário o povo fará se ouvir e que de maneira! Pode-se odiar o Jomav, contudo foi o primeiro a pedir e a mandar rever todos os acordos, alguma vez, assinado com Senegal e não tenho duvida que essa nossa instabilidade tem maus externas. Só a verdade e amor a pátria nos libertará. Futuro aos meus irmão e paz aos Cabralistas e Guiné INDEPENDENTE.

  3. O artigo de Dr. Orlando Cristiano da Silva, está escrito em um português correto, claro e conciso. Ou seja, ele é de uma clarividência que dispensa ao leitor o trabalho do entendimento jurídico e técnico sobre a matéria. Convido a todos para uma leitura serena e reflexiva. Pois, o tema é instigante.
    Valeu Dr. Orlando. Se me pedisse para resumir o seu pensamento transcrito no Jornal o Democrata da Guiné-Bissau em duas palavras, eu diria POLITÉCNICO-USP.
    DJARAMA DOUTOR ORLANDO CRISTIANO DA SILVA.

  4. Muito obrigado Dr. Orlando pela contribuição valiosa, a Guiné-Bissau precisa dos potenciais pesquisadores para encontrar as verdades encobridas no passado pelos colonialistas e pelos políticos carentes dos problemas do país, da situação geográfica e dos conhecimentos técnicos e científicos que acabam por rubricar acordos em benefícios próprios e que minimamente não se interessam em rubricar acordos de interesse da coletividade sem nenhuma percentagem para seus próprios bolsos, que pena.
    Lamento o fato deste assunto de suma importância seja assunto que mereça uma especial atenção pelos políticos despreparados e esfomeados e pela Barata tonta da sociedade civil esfomeada a procura da comida sem mínimo esforço mas sim a espera das migalhas oriundos das retiradas do tesouro publico pelos famosos políticos sem bússola ou GPS que procuram uma direção, é como se fosse “um Gato esfomeado que procura um rato esfomeado que procura a comida para se alimentar”.
    Os guineense em geral devem encontrar um rumo certo mesmo com uma bússola ou GPS na mão e deixam de lado as politicas idiotas e manipuladas pelos guineenses e não só que não estão interessados no desenvolvimento do País.
    Guiné-Bissau codra dja!!!

  5. Bom dia
    Hoje ganhei o dia.
    Estou grato pela clarividência da explicação e a lucidez com que as questões foram abordadas. Sem mais adjectivos
    Os meus sinceros cumprimentos.
    Carlos Pina
    (Politólogo)

  6. Meu Deus o senhor defendeu o q é nosso!o rigado Orlando hoje vou ligar rdp áfrica para pedir socorro!

  7. um muito obrigadoelas imformaçoes. de facto muita gente desconhece o q oaisossui como recurso”. mesmo a classe politica. infelizmente e assim. artigos como este devem ser divulgadas ao maximo. obrgado dr. sou Geografo Planificador.

  8. Um grande intelectual é aquele que sempre defende o interesse do seu país e, que coloca interesse da nação em primeiro lugar…fabuloso mano.

  9. Seria melhor colocar um ponto final nesse processo e aguardar por um governo credível para voltarmos a esse assunto.
    O que estou a ver nao me agrada em nada. Nós merecemos o que é nosso e aos outros o que é deles.
    Nao vejo e nunca vi com bons olhos a resolucao deste processo pelos anteriores governos que eles sabemos que nunca estiverao ao tempo de competencias de resolver problemas dessa natureza.
    Eu nunca vi em lado nenhum a divisao de fronteiras com aquele aspect, para nao dizer outra coisa.
    Nao me parece uma decisao sensate e tomada no pleno juizo de um homem.
    Eu estou farto do Senegal metido em problemas da Guiné-Bissau e sempre por maus motivos ou más razoes.
    Aquilo que estou a ver no mapa irá trazer sérios problemas entre a Guiné-Bissau e o Senegal, num future próximo.
    Por favour cancelem esses contractos enquanto vamos ao tempo de o fazer.

    DEUS PROTEJA A GUINÉ-BISSAU!

    Eng Braima Tambarina.

  10. Muito obrigado Dr. !
    O seu artigo é muito importante e esclarecedor.
    Você é um grande patriota !
    Doravante, é preciso que cada pedra seja colocada no seu devido lugar para que possamos alavancar o nosso país , rumo ao desenvolvimento sustentável!
    Camilo Da Costa

  11. Infelizmente é uma pena,os nossos governantes não conhecem as suas atividades políticas,falta da educação e envestimento na educação é por isso que continuamos até hoje assim, dependendo de Senegal!

  12. Obrigado por nos nutrir com essa informações! Tudo isso revela que os inimigos da Guiné-Bissau se encontram dentro do próprio país!

  13. Meus Parabéns pelas suas colocações Dr. Orlando, muito interessante o seu artigo…
    Com ele podemos entender que infelizmente os acordos políticos e partidários se sobrepõem ao desenvolvimento local… Temos muitas riquezas a serem exploradas e resolveria muito a economia do nosso país.
    O embargo esta na má gestão… Nossa zona marítima é capaz de nos tornar um potencial mundial.
    Obrigado pela suas colocações!

    Vitaly Bento de Carvalho

  14. Sinceramente Dr. Orlando!!!
    Fiquei de queijo caído com tanta informação que o Doutor trouxe nesse artigo.
    Se eu estava reticiente sobre o repentino interesse dos governantes Senegalese para com os governantes Guineenses e o seu povo, agora tenho plena certeza de que na verdade havia qualquer coisa que me fazia repelir nao o povo Senegales, mas sim os seus sucessivos governantes que ao longo da historia nunca demonstraram serem bons vizinhos e so ficam verdadeiramente satisfeitos e interventivos quando nos disentendemos, se nao acreditara nessa minha observaçao recoram as histórias do passado. Afinal todo esse esforço de aproximaçã repentino, tem uma dose de segredo que precisa ser descoberta.
    Para tal enquanto Guineense e patriota, eu pediria aos nossos orgãos de comunicação social que se unissem e criassem um espaço de debate para aprofundar essa situação e procurem conjuntamente trazer a publico essa situação que merece ser divulgado em vez de estarem a fazer como diz o Dr Nhaga de mensageiros politicos (bocas alugadas), posicionando cada um na ala que lhe apresente melhores propostas, porque este sim é um assunto que tem tudo para ser debatido e divulgado para esse martirizado povo que nunca conseguiu viver tranquilo e gozar verdadeiramente daquilo que o Altissimo Senhor nos concedeu enquanto dadiva, apartir da natureza.
    Eu sugeriria e lançaria um desafio a nossa comuninacação social que convidem esse Senhor e patriota que fez esse estudo tao apurado descobrindo, o que a todos nós, enquanto Guineenses merece ser divulgado e num bom crioulo para poder chegar ao mais ao humilde Guineense!
    Peço aos funcionarios dos orgãos da Comunicação social, o favor de criarem programas/debates sobre este aspectos que de longe merece ser trazido ao conhecimentos de todos os verdadeiros patriotas e que se importam verdadeiramente com o nosso martirizado país, que tem sido explorado de toda a forma e continua sendo por govenrnante sem rumo, nem norte.
    Terminaria dizendo basta!!! Nos proximos encontros ou negociações em que vamos ter oportunidade de participar, por favor deixem de levar pessoas que so vão a esses tipos de encontros para, irem passear. Porque nao conhecem e nem sabem dessa materia, mas procurem no minimo levar pessoas versadas na materia para que possam raciocinar e atuar dentro daquilo que é exigivel.
    Os meus agradecimentos sao extensivos a equipa do Jornal O Democrata que conseguiu trazer este assunto, que a todos os verdadeiros patriotas, requer uma intervenção urgente e merece sim, na verdade sairmos a rua e gritarmos em unissono numa marcha para dizer basta de governantes que nao querem defender o interesse do colectivo mas sim os mesquinhos interesses privados e hipocritas de um grupinho…
    Bem haja e que o Senhor continue a iluminar a mente dos verdadeiros patriotas comprometidos com a patria.

  15. Obrigado Dr! Subscrevo totalmente a ideia de não revogação deste acordo pura e simplesmente. Devemos pensar noutras soluções.

  16. Muito esclarecedor e matéria para ser aproveitada pela sociedade civil nacional afim de promover um amplo debate sobre esta matéria. As minhas felicitações Dr. por esta reflexao pedagogica
    Alfredo Handem

  17. Meu muito obrigado ao O Democrata pela disponibilidade em publicar este artigo e a todos vocês que reagiram de forma positiva ou negativa ao seu conteúdo. Este era o real propósito deste texto: provocar o debate sobre este assunto que é de interesse de todos nós. Considero realizado meu papel de cidadão e de pesquisador, ao trazer este assunto ao público e ter percebido um grande interesse das pessoas em debate-lo. Vamos continuar a debater de forma a criarmos o nosso próprio juízo sobre o assunto. Se acharmos que as atuais autoridades não têm o patriotismo suficiente para tratar da melhor forma esta questão, vamos começar a pensar melhor em quem votar nas próximas eleições.

    1. Caro conterrâneo Orlando Cristiano da Silva,
      O seu artigo de opinião trouxe-me à memória a enérgica conversa que mantive com o anterior Governador da Região de Cacheu, Dr. Rui Gonçalves Cardoso, sobre a substância do seu artigo de opinião. Falava-se do filme dessa contenda, mas agora o Senhor Dr. mostrou-nos o próprio filme de se falava pelo que o sentimento do continuar a Luta pela Independência e Soberania Nacional tem de continuar. Por isso, propunha-lhe que contactasse o Ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau para que este seu artigo de opinião tivesse espaço noticioso em todos os órgãos de comunicação social guineense e na RTP e RDP-África por forma a desencadear espaço público de debate com a finalidade de levar o assunto a AIA, convidando desta vez os técnicos guineense a confrontarem as antigas potencias com as teorias políticas.
      Aguardo pela sua resposta e conta comigo

  18. Um assunto escaldante para as relações entre vizinhos, que se desejariam cordiais. mesmo assim, os governantes da Guiné-Bissau deveriam defender sempre os direitos e os interesses dos guineenses.
    Por muito difícil que possa parecer a revogação de acordos assinados entre anteriores governos, da Guiné-Bissau e do Senegal, a sua revisão se legítima, face à má fé negocial de uma das partes, deve ser defendida com competência e determinação. Nesta como em todas as lutas justas, só sai derrotado quem deixa de lutar.
    Obrigado DRº Orlando Cristiano da Silva por tão valioso contributo. JLF

  19. Obrigado pelo trabalho brilhante e da forma como conseguiu suscitar debates e reflexões sobre o assunto, portanto, reconheço a sua competência. Nas Relações Internacionais, em geral e na geopolítica e geoestratégia, em particular, é aceitável afirmar que, não há inimigo nas relações entre os Estados, mas sim os adversários. Contudo, vai depender de cada Estado em pronunciar-se sobre estes dois termos. O caso da Zona de Exploração Comum entre a Guiné-Bissau e o Senegal, tratando-se de uma estrategia política econômica, em primeiro lugar, da França para com Portugal e depois do senegal para com a Guiné-Bissau demonstra que quem tem mais recursos humanos qualificados e especializados em diferentes áreas da atividade humana( politica, econômica, tecnológica, social e cultural)tende a tornar-se mais competitivo em relação a quem não dispõe suficientemente ou não promove. Ou seja, a Guiné-Bissau (para não ser injusto com a história) eu diria que, a pós o golpe de 14 de Novembro de 1980, este país consegue promover apenas e exclusivamente, o seguinte:
    1. O banditismo;
    2. A incompetência;
    3. O nepotismo e amiguismo em todas as instituições públicas e privadas sem exceção (desde período supracitado a esta data);
    4. O “burismo” e o “tolismo” (escrevo isso com muita tristeza); etc.
    Enquanto que, o vizinho Senegal, promove cada vez mais:
    1. A formação e a especialização dos quadros técnicos e superiores;
    2. A concorrência intelectual ou a competência;
    3. A infraestruturação tangível (estradas, pontes, etc) e a infraestruturação intangível (educação, saúde, e o bem-estar social);

    Entretanto, remeto-vos também a esta pergunta de reflexão, como pode a a Guiné-Bissau competir com um país deste (no caso de Senegal) em termos da visão política interna e externa, sobretudo nas questões da influência política internacional, caso de espaço marítimo (o mar) e os recursos que este apresenta?

    Eu não preciso (até que seria bom) ser leigo nesta matéria para perceber a incapacidade dos nossos políticos em tratar este assunto que considero urgente e preocupante.
    Agradeço novamente o Dr. Orlando C. da Silva.

  20. Obrigado Dr. Por esta informacao e bom termos pessoas com esta visao para rever o dito acordo.

  21. Agradeço no fundo do coração ao Dr. Orlando pelo artigo. Por acaso foi muito esclarecedor. Eu nao tinha essa informação antes. Fiuei profundamente chocado com o comportamento dos nossos governantes, quando assinam acordos que só nos prejudicam. Estes tipos de acordos só da raiva.

  22. Recomendo a leitura deste artigo para todos guineenses e não só façam deste artigo uma reflexão sobre a situação atual do nosso país .E para terminar gostaria de dar meus Parabéns para professor Dr. Orlando Silva, que fez uma explicita explanação neste artigo.

  23. O Dr. Orlando Cristiano da Silva, tocou num ponto preponderante sobre os nossos recursos naturais…Deixou bem explicito como foi feito a partilha e o que as nossas empresas devem seguir para trilhar num bom caminho. Espero que essas argumentações singelas, cheguem aos nossos governantes e, que percebam o que queres passar para os políticos encabeçados nesse acordo de Gestão e Partilha da “Zona de Exploração Comum” entre o Senegal e a Guiné-Bissau. Obrigado Dr. Orlando pela contribuição e clareza deste tema. Nossa agência precisa de pesquisadores como vc.

  24. Satisfação por estes esclarecimentos Dr. Orlando Cristiano da Silva, Geólogo Guineense.
    Sensivelmente eu como todos os cidadãos Guineenses estamos extremamente interessados sobre esse assunto.
    Percebe-se claramente o mal intencionado destes dois países europeus: a França e Portugal, em criar os sentimentos de revoltas, desentendimentos, instabilidades entre os dois países africanos: a Guiné-Bissau e o Senegal. Percebe-se claramente nos esclarecimentos dadas pelo Dr. Orlando Cristiano da Silva, Geólogo Guineense, em quê adverteu-se sobre as reclamações e queixas feitas perante os Tribunais Internacionais e AIA. Mostrou claramente que a Guiné-Bissau, vai reclamar, mas levam as pessoas leigos e sem conhecimentos no assunto para fazer reivindicações duma situação em que eles não dispõe de mínimos conhecimentos. A Guiné-Bissau teem por obrigatoriedade de levar os conhecedores do assunto ou matéria que são os especialistas da área ou da matéria como você Dr. Orlando Cristiano da Silva e outros Geólogos Guineenses.
    Agradeço imensamente pelo esclarecimento e informações.
    Unidos venceremos, e juntos seremos mais fortes.
    “Um sábio não fala tudo o que pensa, mas pensa em tudo que fala”! “Sivis pacem parabelaum”!
    HDS.

  25. Muito obrigado Dr.Orlando Cristiano da Silva, realmente mesmo com os politicos analfabetos, mas com a opurtonidade de governar o país da para perceber o artigo e acionar as estratégias para a resolução dese problema que e muito urigente resolver.

  26. Muito obrigado Dr Da Silva; é serio esse asunto q todos nos tem q fazer algo pra Guine Bissau não so pra nos mas sim pra futura geraçoes; é por agente precisa ter um governo ou um politico q pensa na continuidade de estado.

  27. Muito bom dia dr. Olha é pena que só agora tomo conhecimento deste grande estudo geofísico,deixo aqui meus parabéns e exportação para irmos à luta com todas as forças pois claramente temos vindo a ser chamados de BUrros, quem são os nossos vizinhos para se acharem por cima dos guineenses?? Terra infértil,desertica que dessenvolveu através de acordos vergonhosos aceitei por incompetência das políticas guineenses, ignorância e falta de conhecimento da real situação das nossas fronteiras terrestres,aereas e martimas com os nossos vizinhos,mais com todas essas informações e com técnicos competente como o senhor não se justifica voltarmos aceitar esse tipo d e acordo , obrigada pela informação,vejamos o decorrer desta novas rondas de negociações parabéns meu caro

  28. Análise suportada com base científica deixa claramente em parte a verdade desta situação. Só temos que apropriar da leitura de um estudioso da materia para nós servir de sustento técnico. A fragilidade Guineense nas opções de escolhas muitas vezes não ajudam na resolução dos nossos problemas.

    Um grande abraço caro amigo e irmão.

    Nando Dias

  29. The article is very timely and reflects the imperative for an agreement that protects the long-term interests of the people and the country at large. The argument presented by the author is quite useful and something that the government should keep in mind when the renegotiation happens (if it happens).
    The problem here, is that the socio-political situation in Guinea-Bissau makes it difficult for them to be on top of things with respect to dictating the tone of the renegotiation, which is probably why further research is needed to help the elites understand the implications of not reflecting on what the current delineation agreements mean for their future.
    Having said that, I believe that agreeing to resolve the boundary dispute in 1993 was absolutely the right to do. It is now time for the government to seek to fulfil the responsibility incumbent on them as state representatives, to protect the economic and environmental interests of its people.

  30. Merci beaucoup pour cette information cruciale qui révèle les dessous du rapprochement du Président Macky Sall vers la Guinée Bissau.

  31. Muito obrigado pela explicação bem detalhada, e gostaria que mais guineenses tivessem oportunidade de ler artigo assim.
    Obrigado Dr Orlando

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *