ONG’S DA GUINÉ-BISSAU PROCURAM UMA AGENDA COMUM

As Organizações Não-governamentais da Guiné-Bissau procuram encontrar a partir de hoje, 18 e até 20 de Outubro 2017, uma agenda comum para transformação social no país, na qual todas as ONG’s passariam a rever-se. A revelação é do sociólogo Miguel de Barros, um dos membros da coordenação da 3ª Conferencia das ONG’s na Guiné-Bissau, subordinada ao lema: “Renovar o compromisso com a Guiné-Bissau”.

O terceiro fórum das organizações não-governamentais na história do país juntou um total de 67 ONG’s guineenses, 19 ONG’s internacionais e 2 Plataformas de ONG’s da Guiné-Bissau, num encontro que terá duração de três dias para analisar a atuação deste setor, assim como a forma como podem harmonizar e partilhar suas visões de desenvolvimento.

“O objetivo deste encontro é exatamente refundar uma visão partilhada entre as ONG’s, tendo em conta que já passaram mais de vinte anos que as organizações não governamentais não se sentam numa conferência. Este é um momento para ver que existe multiplicidade das organizações e pluralidade das visões, assim como uma diferenciação dos pontos de vista: ideológico, cultural, de origens e até de mandato das ONG’s”, explica Miguel de Barros.

Representante residente adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, Gabriel Dava enalteceu a forma como as ONG’s associaram a sua organização a um evento que visa abordar o passado e presente de atores, que  considerou de incontornáveis no processo de desenvolvimento do país, e definir o seu futuro contributo no contexto dos desafios impostos pelas transformações económicas, políticas e sociais que ocorrem a nível global e do país em particular.

Dava disse ainda que a Organização das Nações Unidas define a organização não-governamental como ‘qualquer grupo de cidadãos voluntários, sem fins lucrativos, organizado a nível local, nacional ou internacional’.

De seguida acrescentou que as ONG’s são orientadas a tarefas e conduzidas por pessoas com interesse comum, lembrando na sua locução que as ONG’s realizam uma variedade de serviços e funções humanitárias, trazem as preocupações dos cidadãos aos governos, assim como defendem e monitoram as políticas e incentivam a participação política ao nível da comunidade.

Foram selecionadas apenas as organizações não-governamentaiscom três anos de existência, cujas intervenções são reconhecidas pelas leis do Estado da Guiné-Bissau, e inscritas no cartório notariado e respetiva existência publicada no Boletim Oficial, assim como os seus órgãos têm que ser legitimados pelos associados.

Inicialmente estavam inscritas 115 ONG’s, mas apenas 67 foram depois admitidas a participar na 3ª Conferencia das ONG´s nacionais por obedecerem os critérios estabelecidos pela comissão organizadora da Conferência.

 

 

Por: Sene Camará

Foto: Marcelo Na Ritche

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