O Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), disse hoje, 26 de Abril 2018, que governar ‘é pensar no bem-estar de todos. O Chefe de Estado discursava na tomada de posse dos membros do sétimo Governo da IX Legislatura liderado por Aristides Gomes.

José Mário Vaz lembra que o Governo liderado por Aristides Gomes terá como principal missão a criação de condições para a realização das eleições legislativas, justas e transparentes que terão lugar a 18 de Novembro deste ano.

O Presidente da República começou o seu discurso, citando uma frase do falecido Presidente sul-africano Nelson Mandela, onde diz o seguinte – ‘algumas coisas parecem impossíveis até que sejam realizadas’. De seguida, enalteceu o alcance de um ‘marco histórico’ nesta IX Legislatura que, na sua observação, chegou ao fim “sem interrupção e sem assassinatos”.

José Mário Vaz encara as divergências políticas vividas no país, como sendo um importante exercício político-democrático, acrescentando que cada um se posicionou de acordo com a sua visão. Sublinha, no entanto, que o importante neste memento é que todos devem continuar sempre juntos com o objetivo de trabalhar para a paz e estabilidade da Guiné-Bissau.

“Ninguém foi morto ou preso por questões políticas”, nota José Mário Vaz, convidando a população guineense para que ‘juntos continuem a trabalhar para consolidar os ganhos democráticos até aqui alcançados’. Sublinhou que ‘’o guineense é capaz quando quer’’, referindo-se ao governo inclusivo liderado por Aristides Gomes.

Contudo, o chefe de Estado considera que o Executivo de Aristides Gomes é um Governo possível, com o qual acredita que os guineenses deram uma lição ao mundo, assegurando que a tomada de posse do novo elenco governamental é um dia especial na história da Guiné-Bissau, enfatizando as presenças dos responsáveis dos órgãos da soberania, dos líderes partidários, da sociedade civil e entidades religiosas. Neste sentido, pede ao Governo que trabalhe tanto para o bem-estar dos guineenses como para o sucesso da campanha de comercialização da castanha de caju do ano agrícola 2018.

ARISTIDES LAMENTA A LUTA DE POLÍTICOS PARA OCUPAR POSTOS QUE DÃO ACESSO FÁCIL ÀS RIQUEZAS

Por sua vez, o Primeiro-Ministro, Aristides Gomes, disse que o governo que lidera nasceu de um consenso entre as forças políticas do país, frisando que as consequências ou as marcas negativas, resultante da crise política que assolou o país há de três anos deixaram as instituições estatais mais enfraquecidas. E lamenta a forma como os políticos guineenses lutam para ocupar os postos ministeriais ou governamentais que dão acesso rápido e fácil às riquezas e bens materiais.

Aristides Gomes alerta, por isso, que a experiência vivida da crise política deve servir de lição para evitar que haja reincidência numa situação de imbróglio em que os guineenses viveram durante três anos.

Gomes promete no seu discurso aos membros do seu Governo e aos presentes na cerimónia de posse, uma gestão disciplinada das finanças públicas, o pelouro que acumula à das funções do Chefe de Executivo, enaltecendo o apoio prestado pela comunidade internacional para a obtenção de um governo de consenso que lidera.

Na cerimónia de empossamento estiveram presentes o presidente do Supremo Tribunal da Justiça (STJ), Paulo Sanhá, o vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Inácio Correia, o presidente do Tribunal de Contas (TC), Dionísio Cabo, o Procurador-Geral da República (PGR), Bacari Biai, Chefias militares, corpo diplomático acreditado no país e líderes dos partidos políticos, com destaque para o presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

No final do ato, o presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, seguiu-se a pé até à sede dos libertadores, onde foi recebido com aplausos e gritos de alegria por militantes e simpatizantes que se encontravam nas imediações da sede nacional do PAIGC.

 

 

 

Por: Sene Camará/Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche