O escritor guineense, Edison Ferreira, que fez o prefácio póstumo do livro do falecido poeta, músico e escritor Hilário Júnior, qualificou o defunto poeta como um escritor “patriótico” que, no universo das três obras publicadas, sempre teve a mesma linha de pensamento.
“Se compararmos os conteúdos dos três livros [o Recado, o Baptismo Pátrio e a Esperança Desiludida], vamos encontrar a mesma linha nas três obras do escritor, o que faz dele um escritor patriótico, intervencionista, que fala da valorização do trabalho e da dignidade humana”, afirmou.
O também proprietário do Centro Cultural José Carlos Schwarz disse que, independentemente de Hilário Júnior ter sido um patriota, era um humanista e religioso que tinha um trabalho ligado à fé, ao humanismo e a sentimentos de bondade de homem para homem.
“Esse é o seu maior legado que deixou a esta sociedade, de que homens devem ser generosos uns com os outros”, enfatizou.
Em relação à última obra literária do falecido escritor, Edison Ferreira frisou que o livro-Esperança Desiludida é uma revelação cabal de grande maestria do poeta músico e escritor Hilário Júnior, que, em parte apresenta as vicissitudes da vida do “tempo frustrante” em que dessa realidade se “espelhou a sua própria vida”.
“De um valor inestimável esta obra literária alberga sentimento e fatos nus e crus com um choque que lhe é peculiar”, descreveu, destacando que a obra lançada a 17 de janeiro está dividida em três partes: a primeira fala da pátria, a segunda da mulher e última da divindade.
O lançamento do livro “esperança desiludida” tinha sido agendado para outubro de 2021, mas devido à falta de patrocínios, acabou por ser protelado para dezembro do mesmo ano, porém voltou a não acontecer, porque o autor da obra faleceu a 5 de dezembro.
No seu prefácio póstumo, o também escritor e poeta guineense lembra do Hilário Júnior como uma figura com quem, nos últimos treze anos, trocou várias impressões, partilhado momentos alegres e tristes, melhor ainda mais intensos nos últimos dois anos.
“Mergulhado ainda na melancolia e em estado de choque, mas que fazer diante dos propósitos do Divino”, questionou.
Por: Filomeno Sambú



















