O secretário-geral Adjunto da União Nacional de Trabalhadores da Guiné – Bissau (UNTG), Yasser Turé, não acredita que, nos próximos tempos, a situação socioeconômica do país melhore.
Em declaração aos jornalistas no final da Reunião de concertação social entre o governo e os parceiros sociais, Yasser Turé desafiou os servidores públicos a mobilizarem-se, continuando a reivindicar os seus direitos e contribuir na luta para que o país encontre os mecanismos de atender as necessidades económicos e sociais do povo.
Segundo Yasser Turé, na reunião onde foram analisadas a situação socioeconómica e as realizações do governo nos domínios sociais, o executivo limitou-se a falar das suas realizações e a apelar aos funcionários públicos a “apertarem cinto”.
Turé denunciou o aumento dos preços dos produtos da primeira necessidade “de forma exorbitante”, tendo afirmado que não se sente o impacto das realizações que o governo diz ter feito na vida dos trabalhadores e da população guineense.
O secretário-geral adjunto disse que saíram da reunião com muita dor, porquanto esperavam que o governo assumisse realizar o reajuste salarial para corrigir as dificuldades sociais com que se deparam os funcionários públicos.
Denunciou também que muitos funcionários recenseados não recebem os seus salários, há dois meses, tendo criticado a postura assumida pelo governo em não integrar as organizações sindicais na equipa de recenseamento de servidores públicos.
O Porta – voz do governo, Fernando Vaz, explicou que o aumento de preços de produtos de primeira necessidade deve-se à conjuntura internacional, mas admite que há uma “atitude especulativa” no país.
Em relação ao sector educativo, Fernando Vaz informou que houve algumas reclamações sobre o processo de recenseamento, adiantando que das 3 mil pessoas que ficaram fora do processo até ao momento 500 pessoas apresentaram as suas reclamações e estas devem ser pagas, embora não precise a data.
Na reunião, segundo Fernando Vaz, a Presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SANJOTEC), Indira Correia Baldé, pediu ao governo que reponha os subsídios aos profissionais de órgãos públicos de comunicação Social, devido à especificidade da profissão do jornalismo, informando que o primeiro-ministro prometeu analisar essa questão”.
Por: Tiago Seide