GOVERNO ANUNCIA O PAGAMENTO DE TODOS OS ATRASADOS AOS TÉCNICOS DE SAÚDE EM PROTESTO

O ministro da Saúde Pública anunciou que os todos os salários em atraso dos técnicos de saúde pública em protesto, serão pagos durante o mês em curso, para travar greves neste setor e solucionar um dos motivos invocados por vários sindicatos do setor para anunciar a greve ou paralisações laborais nos últimos tempos.

Pedro Tipo, que falava esta quinta-feira 08 de maio de 2025, depois do ato de entrega, em Bissau, de kits de saúde reprodutiva de emergência interagências ao Governo, não precisou a data para o início do processo de liquidação das dívidas, apenas assegurou que serão pagos, conforme o memorando de entendimento assumido pelas partes.

A cerimónia da entrega, dos kits disponibilizados pelo Fundo das Nações para a População (UNFPA), entidade financiadora, decorreu nas instalações da CECOME-Central de Compras de Medicamentos Essenciais, em Bissau e foi testemunha, da parte guineense, pelo ministro da Saúde, Pedro Tipote, pelo UNFPA, Zalha Assoumana, representante do Fundo das Nações para a População no país.

“Sempre tenho tido dificuldades em responder a questões como essa: para quando os atrasados serão pagos? Temos um processo, mas garanto que todos os técnicos em protesto serão efetivamente pagos. Não posso precisar uma data exata, mas serão pagos e todos os atrasados”, assegurou o ministro da saúde pública.

Por sua vez, a representante do Fundo das Nações Unidas para a População, Zalha Assoumana, frisou que os materiais médicos doados no âmbito de um programa de emergência lançado pelo governo guineense para reduzir a Mortalidade Materna Infantil no país, tem como um dos objetivos: ajudar as autoridades a salvar vidas das populações.

Zalha Assoumana sublinhou, na sua breve intervenção, que a ajuda visa reforçar o compromisso da UNFPA, no país, de melhorar os resultados da saúde materna e neonatal na Guiné-Bissau e responder diretamente às necessidades urgentes das regiões que enfrentam desafios humanitários.

Em nota do UNFPA distribuída aos jornalistas, essa organização descreveu que “esta intervenção oportuna” surge de uma recente e “preocupante rotura de stock nacional de medicamentos”, que na perspetiva desta instituição, representa “um grave risco” para a saúde e à vida das grávidas   e dos recém-nascidos, particularmente nas regiões com elevadas taxas de mortalidade materna.

“Em resposta ao apelo do governo e aos compromissos assumidos durante a iniciativa presidencial de alto nível para a redução da mortalidade materna na Guiné-Bissau, o UNFPA avançou como a primeira organização a prestar o apoio imediato”, pode ler-se na nota a que O Democrata teve acesso.

A UNFPA assegurou que os kits de saúde reprodutiva contêm equipamentos essenciais, medicamentos e consumíveis cruciais para garantir partos limpos e seguros, gerir complicações obstétricas e facilitar transfusões de sangue.

O custo global dos materiais é estimado em cerca de 100 milhões de francos CFA e o lote de kits de emergência para a saúde reprodutiva inclui, entre outros, materiais de partos normais, materiais essenciais para garantirem partos limpos, de assistência ao parto clínico, da cirurgia obstétrica e complicações tipo A e B e de transfusão de sangue.

Por: Filomeno Sambú

Author: O DEMOCRATA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *