Peregrinação à Meca 2025: UNIÃO DE IMAMES ENCORAJA ALTO COMISSARIADO PELA INICIATIVA DE EMISSÃO DE VISTO LOCALMENTE

O Presidente da Associação da União de Imames da Guiné-Bissau, Aladje Sulaimane Baldé, encorajou esta sexta-feira, 9 de maio de 2025, o Alto Comissariado pela preparação e pela iniciativa que considera “muito inteligente” a emissão de vistos aos peregrinos guineenses em Bissau.

“Em todo o trabalho neste mundo, ressalta-se a competência para conseguir o sucesso. Portanto, ficou aprovado hoje que os resultados obtidos pelo Alto Comissário foram graças à competência da sua equipa”, disse o responsável da associação de imames na sua intervenção na reunião mantida hoje com a equipa do Alto Comissariado.

Uma delegação da União de Imames, dirigida pelo seu presidente, visitou as instalações do Alto Comissariado para se inteirar do processo da peregrinação. Após a reunião, a delegação da União de Imames efetuou uma visita aos diferentes departamentos, incluindo o gabinete da emissão de vistos aos peregrinos.

Aladje Sulaimane Baldé disse que a sua delegação ficou bastante contente com aquilo que ouviu e viu, sobretudo os trabalhos realizados até aqui em termos de preparativos para a peregrinação.

“A ideia de iniciar a peregrinação este ano em Medina e depois seguir-se para Meca é a primeira vez na história deste país. É assim que a maioria dos países vizinhos faz, e isso facilita muito os peregrinos”, realçou o responsável da associação de imames, sublinhando que o trabalho feito até este momento pela estrutura do alto comissariado é um sinal de competência dos seus responsáveis.

Baldé assegurou que, em cada reza de sexta-feira, encoraja os fiéis muçulmanos a apostarem no alto comissariado para pagarem a peregrinação, porque não há bolsa este ano.

“A própria religião diz que a peregrinação é feita com base em condições e disponibilidade financeira”, ressaltou.

Por sua vez, o Alto Comissário para a Peregrinação, Califa Soares Cassamá, agradeceu à estrutura da União de Imames pela visita, particularmente pelos conselhos e encorajamento dados à sua equipa técnica.

“Queira Deus, de acordo com o nosso programa, queremos que os peregrinos saiam de Bissau para Medina no dia 26 de maio, onde vão iniciar a peregrinação. Depois sairão de Medina para Meca, onde vão prosseguir com os rituais da peregrinação”, contou, para de seguida advertir que, em Meca, nada é gratuito; “todo o serviço é pago”.

“Este ano não há bolsa! Queremos pedir à União de Imames que nos ajude a aconselhar os nossos irmãos nas mesquitas a acreditarem na nossa equipa e, quem tiver a possibilidade financeira, que venha pagar a sua viagem; serão garantidas todas as condições para viajar”, referiu.

Explicou que os peregrinos guineenses na diáspora, Gâmbia e na Europa, começam a viajar a partir do dia 14 do mês em curso, por isso farão cerca de um mês na Arábia Saudita. Acrescentou que os peregrinos que saem de Bissau farão, no máximo, duas semanas de peregrinação entre Medina e Meca, devido a questões económicas.

“A Guiné-Bissau não é como o Senegal, onde o Estado contribui com uma grande parte do dinheiro para apoiar a peregrinação, por isso, esta viagem é financiada pelos próprios peregrinos. A Guiné-Bissau é um país laico, e é por essa razão que o Estado não pode apoiar financeiramente os peregrinos, senão outras confissões religiosas questionarão o Estado”, disse.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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