LÍDER DE PUN ADMITE COLIGAÇÃO COM PAIGC E PARTIDOS DO ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA

O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló, admitiu este domingo, 16 de setembro 2018, a possibilidade de coligação entre os partidos que fazem parte do espaço de concertação política para o próximo embate eleitoral marcado para 18 de novembro.

Idriça Djaló falava em entrevista a’O Democrata, após a sua reeleição por unanimidade a frente do Partido da Unidade Nacional para um mandato de quatro anos. Djaló foi reeleito em conferência nacional do partido que decorreu nos dias 15 e 16 do mês em curso em Bissau, e que reuniu 300 delegados, vindos de todas as regiões do país.

Na mesma entrevista, Idriça Djaló explicou que, durante quatro anos, os partidos de espaço de concertação política, nomeadamente, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Unidade Nacional (PUN), União para Mudança (UM), Partido Nova Democracia (PND) e o Partido da Convergência Democrática (PCD) combateram juntos “o golpe palaciano perpetrado por José Mário Vaz”, para defender a democracia e, segundo disse, essa luta aproximou estes partidos, como também permitiu-lhes chegarem à conclusão de que era preciso reforçar as suas bases, passando assim para uma eventual coligação. Contudo, deixou claro que  a questão está a ser analisada ainda pelos partidos  e eventualmente estudar caminho e a viabilidade de fazer essa coligação.

“Esta conferência marca formalmente o regresso do nosso partido ao espaço de intervenção e de debate político guineense e este regresso representa no nosso entender o momento ideal para juntos, refletirmos acerca do que deve ser feito hoje na Guiné-Bissau. Partido da Unidade Nacional tem uma marca registada e é conhecido como um partido de ideias e propostas, também é um partido genuinamente democrático, moderno e diferente das outras formações políticas e entendemos por bem que a sociedade guineense precisa de um partido novo, dirigido por uma equipa que consegue oferecer a confiança aos citadinos guineenses, não fazer de política um sítio para procurar recursos financeiros para os seus dirigentes ou membros”, espelhou Idriça Djaló.

O líder reeleito do PUN assegurou, contudo, que ao longo dos anos e perante o falhanço das sucessivas tentativas para implementar uma democracia funcional e eficaz, ficou evidente para todos que o sistema político atual, já não consegue dar uma resposta aos problemas com os quais se confrontam os guineenses.

Idriça Djaló acredita que, apesar dos atrasos que estão a ser registados no início de recenseamento, é possível ainda realizar eleições legislativas na data marcada, 18 de novembro, sobretudo, uma vez que a parte de alguns kits já chegou ao país.

Advertiu, no entanto, que é importante não se agarrar à data de 18 de novembro como uma Bíblia, porque, segundo disse, os recursos financeiros para a concretização do processo eleitoral não dependem dos guineenses, mas sim da comunidade internacional, sendo assim, “é fundamental continuar a trabalhar para mobilizar os recursos e recensear todos os guineenses com idade de votar, respeitando os prazos constitucionais para que possamos ter uma eleição livre, justa e transparente”.

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

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