O representante dos funcionários das empresas de telecomunicações, Guiné-telecom e Guinetel, Augusto Bacame Vaz, voltou a acusar esta terça-feira, 30 de outubro 2018, o Banco Mundial de ser o principal “obstaculizador” do processo de privatização das duas empresas de capitais públicos. Esta manhã, um grupo de trabalhadores destas firmas esteve em vigília em frente ao Ministério da Economia e Finanças para exigir do governo a viabilização do contrato assinado em maio de 2018 com os parceiros interessados no relançamento destas operadoras atualmente inativas no mercado guineense.
“Governo da Guiné-Bissau deve assumir a sua responsabilidade para com a Guine-Telecom, basta ao sofrimento dos trabalhadores”, observou Augusto Bacame Vaz. O sindicalista acusa ainda a instituição financeira internacional de “estar interessada em ver as duas empresas no estado em que se encontram, favorecendo assim companhias internacionais”.
Augusto Bacame Vaz teceu duras críticas à posição que o Banco Mundial tem assumido desde a paragem da Guiné-Telecom e Guinetel, tendo explicado que um dos maiores problemas que as duas empresas enfrentam tem a ver com a questão organizacionais e administrativas. “Há interesses de certas pessoas em deixar a empresa desorganizada para benefícios individuais”.
Nos dísticos exibidos esta manhã, em protesto à situação dos trabalhadores das duas empresas, podia-se ver e ler frases como esta: “Srº Primeiro ministro seja patriota, defenda o interesse nacional”.
O Jornal O Democrata soube que uma missão de Banco Mundial se encontra no país para fazer ponto da situação com as autoridades competentes sobre os projetos financiados e em curso de execução na área de telecomunicações, com destaque para o projeto de amarração de cabos submarinos que resultou na constituição de um consόrcio no qual o Estado detém 49% de capital social.
O sindicato destas duas empresas que não funcionam há mais de cinco anos tem pressionado o governo para o relançamento das atividades. O atual Ministro dos transportes e telecomunicações, aquando do balanço trimestral do seu Ministério, teria confirmado a existência de parceiros interessados na privatização da Guiné-Telecom [rede fixa] e Guinetel [rede mόvel].
Por: Epifania Mendonça
Foto: Marcelo Na Ritche
















