O Ministério Público da Guiné-Bissau decidiu antecipar a audição do Inspetor Coordenador da Polícia Judiciária, Fernando Jorge Barreto (Nandjo), anteriormente agendada para 12 de abril, para amanhã [quinta-feira, 11 de abril] por volta das 10 horas de Bissau.
O Democrata apurou que o Inspetor Coordenador Fernando Jorge Barreto, que dirige a “Operação Arroz de Povo”, já tinha notificado o ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Niculau dos Santos, para ser ouvido amanhã, quinta-feira, às 10 horas de Bissau na qualidade de suspeito principal do desvio de parte do donativo (arroz) do governo da República da China.
“O Ministério Público deu entrada no Gabinete da Diretora Nacional da Polícia Judiciária duas notificações para o Inspetor Coordenador, Fernando Jorge Barreto. A primeira notificação agenda a audição do Inspetor para o dia 12 de abril e a segunda que entrou mais tarde, agenda a audição para 11 de abril, as 10H: 30 minutos”, informou uma fonte daquela corporação policial de investigação criminal.
A mesma fonte adianta neste particular que o Ministério Público pretende, com a notificação, dificultar o processo de investigação que a Polícia Judiciária leva a cabo, em resultado do qual apreendeu milhares de sacos de arroz desviados. Acrescentou ainda que a PJ está determinada a prosseguir com as investigações e levar todos os implicados à justiça, por isso assegura que a “audição do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Niculau dos Santos não será adiada. Ele será mesmo ouvido amanhã”.
Recorde-se que no âmbito da “Operação arroz de Povo”, a PJ Guineense apreendeu mais de três mil sacos de arroz desviados. Grande parte desse arroz foi apreendida no armazém do cidadão Botche Candé [Conselheiro do Presidente José Mário Vaz para área da Defesa e Segurança Interna e Externa], arrendado pelo ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural na cidade de Bafatá. A última apreensão de 36 toneladas, que correspondem a 725 sacos, foi executada numa quinta do ministro de Agricultura, Niculau dos Santos, na povoação de Tchalana, setor de Mansoa, região de Oio no norte da Guiné-Bissau.
Por: Assana Sambú




















Nós coperamos mal, ganhamos muito pouco com as cooperações que fazemos com outros países (China, União Europeia, ect…) e o por ainda é que o povo guineense sempre é vítima de infidelidade na gerência de bens públicos no país, particularmente aqueles que são adquiridos por via de cooperação.
Nô para furta!!