O presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Cabi, revelou que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) está a obstruir os trabalhos dos seus técnicos (auditores) de realização de auditoria financeira ao cofre geral dos tribunais. Cabi fez estas revelações esta segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020, durante a cerimónia de abertura do seminário de capacitação dos auditóres everificadores nos domínios da auditoria financeira e demonstração numérica, que decorreu numa das unidades hoteleiras da capital Bissau.
Dionísio Cabi assegurou que a fiscalização permanente e ininterrupta das entidades públicas deve ser assumida como questão prioritária pelo Estado da Guiné-Bissau, tendo lembrado que a Guiné-Bissau situa-se no oitavo lugar da lista dos países mais corruptos na escala mundial.
“A preocupação é mais profunda ainda, sobretudo quando os órgãos chamados à combater a corrupção entram na tentativa de bloquear a atividade fiscalizadora, como o caso do Supremo Tribunal de Justiça que obstruiu a realização de auditorias financeiras ao cofre geral dos tribunais”, lamentou o presidente do Tribunal de Contas.
Explicou que a missão de fiscalização de atos de fraudes na administração pública poderá ser efetivase o Tribunal de Contas for independente das entidades que controla e protegidas de todas as influências externas.
Presente no ato, o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Tjark Egenhoff, disse na sua intervenção que o seminário não é um curso isolado, mas tem uma duração que permite atingir níveis de transparência e de reforços das competências técnicas e funcionais das instituições de controlo do Estado incluindo a Assembleia Nacional Popular, como também a sociedade civil no âmbito da primeira fase do projeto de formação de 24 técnicos de tribunal de contas, financiado pela União Europeia.
“Se o país conseguir arrecadar dinheiro de maneira justa, executar planos de gastos confiáveis e levar em conta os fundos dos contribuintes, será capaz de permitir a mudança económica, social e política que os cidadãos esperam e cada vez mais exigem”, sublinhou.
O representante do PNUD disse esperar que os formandos sairão mais capacitados para poderem analisar as contas como também realizar auditorias, melhoria da qualidade de relatórios de auditoria e melhor controlo das entidades sujeitas à sua fiscalização.
Por: Noemi Nhanguan
E muito triste e socante mesmo como é que um instituição do estado na qualidade do STJ anda a ter um comportamento do último gênero, isso quer dizer de que a casa está seio da poeira.. kkkkkkkkkkk
Realmente é triste e chocante quando uma instituição como Tribunal de Contas ao fim da anos, acorda do sono só agora para começar uma actividade de formação precisamente no STJ. Quantas instituições e/ou empresas precisavam de auditorias. O quê que o TC fez ? A pouca vergonha na administração de ARN onde estava o TC ? E o que aconteceu na EAGB ? Senhor Presidente do TC onde estava quando mais o povo precisava de seus préstimos? Não acha a sua actuação só agora de redículo ? Querendo desviar a atenção de STJ na maior missão que tem pela frente (problema de contencioso eleitoral) ?
… PACIÊNCIA…
Porque temos gente que gerem aquela instância judicial ao longo de decadas, que não são juizes, porque não possuem diplomas comprovativas, que alimentan a corrupção nos aparelhos de estado, que inventam as leis para se poderem apadrinhar do dinheiro e enriquecer ilicitamente. Tendo gentes como estes à frente do STJ, vale ter macaquinhos, dirigindo o destino do país.