Greve nas escolas públicas: ALUNOS DÃO ULTIMATO AO GOVERNO PARA ENCONTRAR SOLUÇÕES ATÉ SEGUNDA-FEIRA

Um grupo de alunos agrupados no chamado “Carta XXI” deu ultimato ao governo liderado por Aristides Gomes para abrir as portas das escolas públicas até próxima segunda-feira, 2 de março, para que os alunos regressem às salas de aulas.

A posição da organização estudantil foi tornada pública esta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020, pelo coordenador da “Carta XXI”, Franique Alberto da Silva, depois de uma marcha pacífica realizada esta manhã para exigir o direito à escola. A marcha teve início na Assembleia Nacional Popular (ANP) e terminou no Palácio do Governo com uma declaração à imprensa. O grupo não tinha sido recebido pelo governo quando a repórter de O Democrata abandou o local.

Da Silva avisou que se não fossem atendidos permaneceriam em frente do palácio do governo até que o executivo resolva a situação de uma vez para todas.

Durante a marcha os estudantes fizeram algumas paragens, sobretudo no palácio de justiça. Sentados no chão e cantavam incessantemente para exigir o direito à escola. Os alunos carregavam consigo dísticos com frases como: “no misti bai skola suma bo fidjus, skola ta kumpo terra, el ku no misti, stop agressão policial, stop má-fé de câmara municipal, stop greve e falsas declarações do governo, skola i um dirito i ka fabur, viva educação (…)”.   

Franique Alberto da Silva alertou ao governo e em particular a equipa do ministério da Educação Nacional a focalizarem as suas ações na promoção de um espaço para o diálogo com os sindicatos para resolver o problema do ensino da Guiné-Bissau, “de contrário o que vier a acontecer será da inteira responsabilidade do governo”.

Questionado sobre as declarações do ministro da Educação Nacional, Dautarin Costa, em que teria afirmado que em algumas zonas do país 80% das escolas públicas estariam a funcionar normalmente, Franique Alberto da Silva afirmou que todos os pronunciamentos do ministério e a sua equipa “não passam de uma mentira”.

“Não sabemos de onde saem os dados revelados pelo ministro, uma vez que a “Carta XXI” tem uma equipa bem montada em todas as regiões do país”, insistiu o estudante.       


Por: Carolina Djemé

Fotos: C.D

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