Nuno Gomes Nabiam : “COLIGAÇÃO NO GOVERNO CONTINUA COM TODA A FORÇA”

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse esta quinta-feira, 5 de agosto de 2021, que a coligação no Governo no país “continua com toda a força”, salientando que os problemas ultrapassam-se com diálogo.

“A coligação no Governo continua com toda a força. Pode haver problemas mas ultrapassam-se com o diálogo”, afirmou o primeiro-ministro guineense, quando questionado sobre o estado da coligação.

O Governo da Guiné-Bissau está sustentado numa coligação que inclui o partido do primeiro-ministro, a Assembleia do Povo Unido — Partido Democrático da Guiné-Bissau, o Partido de Renovação Social e o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).

O Madem-G15 manifestou indignação em abril na sequência de uma remodelação governamental de onde saiu prejudicado ao perder várias pastas governamentais.

Os quadros técnicos e a juventude do partido chegaram mesmo a exigir a sua saída da coligação.

Questionado sobre a tensão política entre o coordenador nacional do Madem-G15, Braima Camará, e o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, o primeiro-ministro guineense disse que é “normal em política”.

“É normal. A política é um jogo de interesses, mas para todas as partes a Guiné-Bissau está acima de todos os interesses”, afirmou Nuno Gomes Nabiam.

Em 21 de julho, Braima Camará apelou à unidade dos guineenses e afirmou que não pode pertencer a regimes que não respeitam as regras do Estado de direito.

“Não vamos promover a ditadura neste país. Eu tenho princípios, e os que me conhecem sabem que tenho convicção, que definitivamente os guineenses têm de entender-se, respeitar o Estado de direito democrático”, disse, apelando ao diálogo, à tolerância e ao fim da violência.

Em resposta, o Presidente guineense afirmou que não é um ditador e que o país é um Estado de direito, mas que não vai permitir desordem nos partidos que fazem parte da coligação no Governo.

Já no início desta semana, Braima Camará afirmou que respeita o chefe de Estado, que o Madem-G15 apoiou na corrida às presidenciais, mas que não negoceia a sua “liberdade”, “independência”, o “exercício da democracia, a paz e estabilidade”.

In lusa

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