A União Europeia vai disponibilizar 112 milhões de euros para o Programa Indicativo Multianual para um período 2021/2027 com a Guiné-Bissau.
O programa lançado esta quarta, 23 de março de 2022, apostará em três áreas principais, nomeadamente o desenvolvimento humano, a economia verde e inclusiva, a boa governação e a estabilidade.
No primeiro eixo, o enfoque será na Saúde materno-infantil, na educação e na boa governação, bem como no desenvolvimento do setor de formação profissional e vocacional.
Em nota, a União Europeia aponta como a segunda aposta do programa, a economia verde e inclusiva, com realce ao desenvolvimento urbano, ao acesso a serviços básicos e à promoção da agricultura e das Pescas sustentáveis.
O terceiro eixo do programa centrar-se-á no combate ao tráfico de droga, à corrupção, ao crime organizado, ao acesso à justiça e à proteção dos direitos humanos.
Este último eixo, segundo a nota da UE, apoiará a governação económica transparente e responsável.
No seu discurso, depois da oficialização do ato, o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, referiu que o governo irá trabalhar para garantir que o programa com a União Europeia atinja os resultados desejados, porque os três eixos fazem parte das prioridades do governo no plano de desenvolvimento.
Em declarações aos jornalistas, a embaixadora da União Europeia na Guiné-Bissau, Sónia Neto, garantiu que haverá uma revisão em 2024 e será criada uma equipe para ver a capacidade de implementação, de absorção dos fundos alocados a cada uma das áreas.
Sónia Neto disse ter consciência que uma das prioridades da Guiné-Bissau é a acreditação do laboratório nacional que permitirá a certificação dos produtos pesqueiros para o mercado da UE.
“Este é um processo complexo com muitas vertentes, mas já foi dado um passo importante, desde a última visita do Presidente da República a Bruxelas”, precisou.
Neto realçou que a UE está empenhada em apoiar o desenvolvimento económico integrado do setor das pescas na Guiné-Bissau.
Por: Djamila da Silva
Foto. DS
