O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recuou da sua posição de não nomear, caso a Plataforma Aliança Inclusiva – PAI Terra Ranka vencesse o escrutínio de 4 de junho, e prometeu coabitar e nomear a figura que a coligação indicar para liderar o futuro governo.
A 19 de maio deste ano, na inauguração do porto de pesca artesanal de Alto Bandim, em Bissau, Sissoco Embaló afirma que não nomearia Domingos Simões Pereira, nem Geraldo Martins.
Esta quinta-feira, 08 de junho de 2023, no Palácio da República, esclareceu a sua declaração, afirmando que “politicamente é normal assumir uma posição, num determinado momento, e depois adotar outra”.
“Respeitando os resultados eleitorais e nos termos da Constituição da República, nomearei e darei posse ao primeiro-ministro proposto pelo partido vencedor das eleições legislativas, neste caso, PAI-Terra Ranka”, assegurou.
Sissoco Embaló reconheceu o mérito do partido vencedor do escrutínio, realçando o papel desempenhado pela Sociedade Civil para que as eleições decorressem dentro dos limites da ética política, do respeito mútuo entre os adversários e da salvaguarda, por todos, das regras de boa conduta.
“O próximo governo pode esperar tudo de mim, menos um presidente que vai atiçar fogo, semear minas ou dinamites contra o governo. A Guiné-Bissau está em primeiro lugar e enquanto Presidente da República vou coabitar com o governo da República da Guiné-Bissau. Na política não há inimigo permanente. Se a Coligação PAI-Terra Rankapropor o seu cabeça de lista, vou nomeá-lo. É verdade que tenho dito repetidas vezes que não o nomearia, mas um político tem que aprender a recuar das suas decisões. Se me perguntasse, diria que queria que o MADEM-G 15 ou PRS vencessem, partidos aliados, ou PTG. Mas assim quis o destino”, disse.
Prometeu não só fiscalizar as atividades do próximo governo, como também vai acompanhar e apoiar o futuro líder do executivo que sair das eleições de domingo e disse esperar que o governo saiba aproveitar as valências do Presidente da República para construir o país.
Sissoco Embaló aconselhou o PAI- Terra Ranka a trabalhar com o seu programa eleitoral para provar aopovo que é capaz de governar sozinho sem alianças e disse que podem contar com o Presidente como um dos maiores aliados do seu governo, porque “todos os partidos sancionados devem fazer a oposição. Não deve haver alianças. A maior aliança do PAIGC é a Guiné-Bissau. Tem maioria e pode governar. É um governo de legislatura, não de unidade nacional”.
O Presidente da República afirmou que o PAI-Terra Rankanão deve correr riscos de cometer erros de avaliação ou procurar alianças no MADEM G 15 ou no PRS, porque será comprar crise no seu próprio campo, que poderá levá-lo a ter uma minoria parlamentar.
O chefe de Estado disse que espera no futuro um Parlamento com “grande fluidez”, em que os deputados vão representar o povo com responsabilidade, porque nunca servirá de cortina ou de braço armado de um partido para brigar contra o governo.
Por: Filomeno Sambú



















