O presidente do Conselho Diretivo da nova Câmara Agrícola da Guiné-Bissau, Baltazar Alves Cardoso, afirmou esta terça-feira, 25 de julho de 2023, que desde os primórdios até à data presente, os agricultores guineenses têm tido pouco acesso aos meios de produção modernos, capazes de melhorar e otimizar a qualidade dos seus produtos para que possam servir não somente para autossuficiência alimentar, mas também para o desenvolvimento e a participação do país no agro-business.
Baltazar Alves Cardoso falava na cerimónia de posse de corpos sociais eleitos no passado 22 do mês em curso na primeira assembleia geral da nova organização, realizada num dos hotéis de capital Bissau, na qual disse que a Guiné-Bissau é considerada como um país que valoriza somente uma pequena parte do seu potencial natural, adiantando que essa situação justifica-se não somente pela fraca produtividade das terras, mas também pela pouca exploração efetiva.
“A Guiné-Bissau dispõe de um vasto potencial agro-pastoril e agricultura, que domina a economia com 69 por cento do Produto Interno Bruto, 90 por cento das receitas de exportação e 85 por cento dos empregos diretos e indiretos. O País é dotado de uma biodiversidade preservada, terras férteis e bem regadas e um clima tropical propício a uma variedade importante de cultivos”, sublinhou.
O novo dirigente da Câmara Agrícola da Guiné-Bissau informou que a promoção do setor em base científica é indispensável, nomeadamente as transferências tecnológicas, mecanização e digitalização do setor e a aplicação de normas internacionais, com vista a adotar o país de uma agricultura quantitativa e qualitativa que possa incorporar um valor acrescentado significativo.
Por seu lado, o presidente da mesa de Assembleia, Mário Dias Sami, falou da importância do ato, tendo lembrado que o fórum importante do dialogo e debate de ideias com diferentes atores que promovem atividades voltadas ao fomento do beneficio e a criação de riqueza e criação das riquezas nacionais acontecem em datas como hoje, percorrendo diferentes etapas e fases.
Dias Sami disse que os desafios atuais da agricultura numa dimensão planetária, continental, regional, sub-regional e nacional, caso concreto da Guiné-Bissau, em que agricultores enfrentam enormes desafios, a nova câmara agrícola irá lidar com seres humanos e membros das comunidades, priorizando satisfazer as camadas mais desfavorecidas que compõem a população e habitantes guineenses.
Mário Dias Sami sublinhou que os problemas que devem preocupar os homens e mulheres e que constituem uma agenda da agricultura na Guiné-Bissau são o aumento da população mundial, escassez de produtos alimentares a nível mundial, conflitos e guerras locais, com consequências globais, fome e a pobreza extrema dos produtores diretos dos bens materiais da humanidade.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA



















