Luta Livre: DIAMANTINO LUNA FAFÉ TRICAMPEÃO AFRICANO EM 57KG DA MODALIDADE

O atleta guineense, Diamantino Luna Fafé, de 57 kg, sagrou-se tricampeão africano de luta livre no Campeonato Africano da modalidade, que decorreu de 28 de abril a 4 de maio de 2025 em Casablanca, Marrocos.  

Depois da proeza nos dois últimos Campeonatos Africanos de Luta, em 2023, na Tunísia, e 2024 no Egito, Luna Fafé voltou a conquistar mais uma medalha de ouro neste maior torneio de Luta Livre em África, colocando a Guiné-Bissau no pódio desta competição africana.

Com a revalidação do título de Campeão Africano numa disputa bastante equilibrada, o jovem atleta guineense conseguiu manter-se na liderança do ranking na categoria de 57kg em África e a melhorar a sua posição no ranking mundial da sua categoria. Devido à falta de competição regular dos atletas guineenses, Luna Fafé estava na décima primeira posição do ranking mundial, na categoria de 57kg, antes da realização do Campeonato Africano de Luta em Marrocos.

Para além da medalha de ouro de Diamantino Luna Fafé, a Guiné-Bissau conquistou ainda nesta prova mais três medalhas. Duas de bronze e uma de prata. As duas medalhas de bronze foram conquistadas pelos atletas Wotna Cana Ndoc, de 65kg e Caetano António Sá, de 74kg. A única medalha de prata foi conquistada pelo lutador Gino Intchala, de 97kg.

A informação foi transmitida esta segunda-feira, 05 de maio, pelo presidente da Federação de Luta da Guiné-Bissau, João Bernardino Soares da Gama, em entrevista telefónica ao Jornal O Democrata, a partir de Marrocos, na qual enalteceu a proeza dos seus atletas, com destaque para o tricampeão africano, Diamantino Luna Fafé.

“Naturalmente é com grande satisfação e alegria que pude assistir a uma grande conquista de Diamantino numa disputa muito renhida, mas acabou por conseguir revalidar o título de campeão. Além de Diamantino, temos que destacar  também o atleta Gino que participou pela primeira vez no Campeonato Africano de Luta e logo conseguiu chegar à final e conseguiu uma medalha na competição, sem grande experiência nesta arena internacional, por isso para nós é muito importante”, disse.

A Guiné-Bissau tem participado em diferentes competições desportivas internacionais, mas a Luta Livre é única modalidade que tem conseguido alcançar vitórias, trazendo medalhas para a nação guineense ao longo dos anos. Apesar destas proezas, a Federação de Luta e os seus atletas sentem-se abandonados pelas autoridades, principalmente o executivo.

Neste sentido, João Bernardino Soares da Gama apelou às autoridades no sentido de darem maior atenção à modalidade de Luta Livre, porque “a Guiné-Bissau tem atletas com grandes qualidades que merecem ter condições adequadas para trabalhar e competir nas diferentes competições em nome do país”.

A Federação da Luta Livre é considerada o “cartão de visita” da Guiné-Bissau, uma vez que consegue participar em todas as competições internacionais, nomeadamente no Campeonato da África, no Mundial e nos Jogos Olímpicos e o organismo que tutela a modalidade tem defendido que é imperativo as autoridades apoiarem a modalidade.

Várias federações desportivas do país têm criticado os sucessivos executivos devido à falta de apoios financeiros para desenvolverem as suas atividades, mas têm apoiado a Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB). As entidades desportivas alegam que o governo apenas se preocupa com as atividades da instituição liderada por Carlos Mendes Teixeira “Caíto”.

A Federação de Luta da Guiné-Bissau tem participado em diferentes competições internacionais de Luta Livre, com destaque para o Campeonato Africano e o Mundial da modalidade, com o apoio do Comité Olímpico Nacional e de parceiros internacionais.

Por: Alison Cabral

Author: O DEMOCRATA

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