O Diretor-geral da Autoridade de Avaliação Ambiental Competente (AAAC), Welena da Silva, alertou esta quarta-feira, 25 de junho de 2025, que a Guiné-Bissau enfrenta “problemas graves” ao nível do combate à poluição plástica.
O alerta foi tornado público numa das unidades hoteleiras da capital Bissau na cerimónia de abertura do workshop de Elaboração da Estratégia Nacional sobre Sacos plásticos.
O evento reuniu diferentes atores ambientais, instituições públicas e privadas.
O objetivo visa partilhar os resultados da análise de base e da análise inicial das políticas, as inspirações das várias intervenções políticas, a fim de fornecer informações necessárias para a execução do plano de acção nacional.
Na sua comunicação, Welena da Silva informou que o Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática tem um conjunto de atividades que quer empreender para fazer face aos problemas identificados.
Welena Silva destacou, no seu discurso, os problemas identificados e que figuram na lista das prioridades de Guiné-Bissau para o combate à poluição de sacos plásticos, nomeadamente a revisão do quadro legal, a elaboração de um plano nacional e uma estratégia nacional de combate à poluição plástica.
Em representação do ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática, Isabel Evangelista Sanhá, Inspetora-geral do Ambiente, defendeu que a luta contra a poluição plástica na Guiné-Bissau exige uma abordagem multifacetada e concertada, que envolve a acção do governo, o envolvimento da comunidade e o apoio internacional.
“A poluição plástica é um problema global. Segundo o Programa das Nações Unidas para o ambiente, aproximadamente 7 bilhões dos 9,2 bilhões de toneladas de plásticos produzidos de 1950 a 2017 se tornaram resíduos plásticos que acabaram em aterros sanitários ou lixos”, indicou.
Perante esta situação, Isabel Evangelista Sanhá enfatizou que, em resposta aos problemas e aos desafios colocados pela poluição plástica, o governo assumiu um compromisso e está empenhado em adoptar medidas políticas e legislativas acompanhadas de campanhas de sensibilização e implementação de projetos impactantes para combater a poluição por plásticos em todas as suas fontes.
No seu discurso de abertura, Isabel Evangelista Sanhá alertou que os ambientes costeiros e marinhos do país, que albergam diversos ecossistemas, incluindo o Arquipélago dos Bijagós, uma reserva da biodiversidade da UNESCO e recomendado como sitio do Património Natural Mundial da UNESCO, estão cada vez mais ameaçados pelos resíduos plásticos.
Evangelista Sanhá anunciou que além do Plano de Acção e da Estratégia Nacional de combate a poluição plástica que serão elaborados no workshop com o apoio da Comman Seas, o Ministério do Ambiente pretende iniciar o processo de elaboração de um novo regime jurídico de combate à poluição plástica no país que estará alinhado com os desafios domésticos e globais, mas também aos compromissos jurídicos assumidos na arena internacional.
Isabel Evangelista Sanhá encorajou os participantes no sentido de participarem ativamente para a melhoria do documento que será elaborado no final dos trabalhos.
Por: Carolina Djemé



















