Auscultações: JOMAV REÚNE-SE SEPARADAMENTE COM ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

O Presidente da República José Mário Vaz, iniciou esta segunda-feira, 24 de Outubro 2016, as auscultações com as organizações da sociedade civil guineense sobre a actual crise política no país e consequentemente a nomeação de novo Primeiro-Ministro, à luz do acordo político rubricado em Conacri, a 14 do mês em curso.

O Chefe de Estado guineense ouviu o Movimento Nacional da Sociedade Civil, a Plataforma Nacional das Organizações da Sociedade Civil, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, as entidades religiosas (Igreja Católica, Comunidade Muçulmana e Evangélica) e a Comissão Nacional de Reconciliação.

Jorge Gomes: “APELAMOS AO PRESIDENTE QUE ESCOLHA UMA FIGURA DE PONTE”

O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Jorge Gomes disse a’ O Democrata que a delegação pediu ao Presidente da República para usar suas competências para convencer as partes signatárias a cumprirem com o acordo de Conacri.

Gomes disse ter aconselhado ao Chefe de Estado que escolha uma figura que sirva de ponte para estabilizar o país.

Vença Mendes: ‘É VERGONHOSO A SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA O PAÍS’

O responsável da Plataforma Nacional das Organizações da Sociedade Civil, Vença Mendes, ao sair do encontro de auscultação com o Presidente da República, disse acreditar que o primeiro magistrado da nação está animado para procurar e encontrar um entendimento entre as partes.

Vençã Mendes assegurou que a contribuição da plataforma é de exortar as partes signatárias a cumprirem com o conteúdo do acordo, porque o “país não pode continuar sem programa de governo e sem Orçamento Geral de Estado”.

Mendes considera que a ‘’guerra’’ que se iniciou em Agosto de 2015 é uma “guerra de barrigas” e não uma guerra para desenvolver o país, sublinhando que todos os sectores estão parados.

“A actual crise é uma vergonha tremenda e não dignifica nenhum cidadão guineense. O que sempre perguntamos até agora é a razão pela qual esta crise deve ser tratada com protagonistas que não são guineenses, deixando transparecer a sensação que o nosso país não possuí intelectuais”, afirmou Vençã Mendes.

LGDH: ‘NÃO PODEMOS CONTINUAR A FALHAR COM AS NOSSAS RESPONSABILIDADES’

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, afirmou que os guineenses não podem continuar a falhar com as suas  responsabilidades, insistindo na necessidade de cada um honrar a sua palavra e respeitar o compromisso assinado.

Segundo o líder da Liga, o Presidente da República garantiu que tudo fará para resolver a situação da crise que abala o povo guineense. “Já é altura de encontrarmos a solução para esta crise que afecta o povo e apelamos aos políticos que procurem o entendimento”

Pastor Caetano N’dami, em representação da Comissão Nacional da Reconciliação, ao sair do encontro com o Chefe do Estado, disse estar-se esperançado que o Presidente da República saberá escolher uma figura de consenso, estabilidade e paz para todos.

Recorde- se que a auscultação prosseguir-se-á até a próxima quarta-feira com vista à indigitação de um novo chefe do executivo até as próximas eleições legislativas e autárquicas em 2018.

No “Acordo de Conakri”, foi definido princípios da nomeação do primeiro-ministro e também do governo, no qual o próximo chefe de executivo tem que ser uma figura da confiança do Presidente da República e consensual entre as partes desavindas, sobretudo dos partidos com assento parlamentar.

 

Por: Aissato Só

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