HOSPITAL SIMÃO MENDES PODE COMEÇAR A VENDER OXIGÊNIO QUE FABRICA

O diretor de Hospital Nacional Simão Mendes anunciou ontem, 31 de outubro 2016, que a sua instituição vai começar a vender o oxigénio fabricado no próprio hospital. Sem precisar a data para o início do processo de venda, Orlando Lopes revela que a fábrica de oxigénio já produziu mais de vinte e quatro botijas de oxigénio.

Segundo Orlando Lopes, cada botija tem a capacidade de cento e oitenta “Bares” (unidade de medida), ou seja, cada botija pode armazenar cinquenta quilos.

Neste sentido, o responsável acredita que o hospital pode tornar-se autosuficiente se começar a vender o seu próprio oxigénio para fora.

“Estamos a analisar os elementos para determinar o preço. Oxigênio que comprávamos era de oitenta bares e o nosso além de ser oxigénio medicinal com qualidade superior produz cento e sessenta bares”, explica.

Graças à disponibilidade do oxigénio, no Hospital Nacional Simão Mendes, mais de cinco crianças com diferentes patologias já foram operadas, pela missão médica espanhola.

Em entrevista a’O Democrata, o diretor do Hospital Nacional de Simão Mendes, Orlando Lopes, garantiu que as crianças operadas não correm nenhum risco de vida.

Fazendo um panorama histórico da importância da utilidade do oxigénio na medicina, Orlando Lopes mostra que o produto é “vital”, na medida em que é utilizado em doentes em estado de coma ou a saturação baixa, em pacientes com dificuldades respiratórias graves, doentes com anemia severa e em certas ocasiões é utilizado em circunstâncias cirúrgicas.

Segundo as garantias dadas pelo diretor do Hospital, o oxigénio que o hospital passa a produzir é suficiente para abastecer todas as unidades hospitalares do país porque, segundo disse, as solicitações feitas às fábricas que existem no país não ultrapassavam os sessenta bares. E a fábrica do Hospital Nacional Simão Mendes é capaz de produzir, em seis horas apenas, mil e oitenta “bares” (unidade de medida de oxigênio).

Em relação às dificuldades, Orlando Lopes deixa claro que antes da recuperação da fábrica, o maior centro hospitalar do país deparava-se com elevados custos com a aquisição do oxigénio. Custos que diz rondavam uns cinco milhões de francos CFA por mês – dependendo de número de casos de doentes que entram no hospital e a sua recuperação.

“Tivemos um caso de uma criança que nasceu com problemas sérios e ficou dois meses com o oxigénio no hospital para se recuperar. Portanto, isso é para ver que tendo situações idênticas como a daquela criança, isso pode consumir muito oxigénio e as contas podem subir mais do que se podia esperar”, explicou.

Segundo dados estatísticos do hospital, a fábrica foi construída com o apoio financeiro do Governo e o edifício (casa) onde funciona foi adquirido com os fundos próprios, ou seja, com o dinheiro mobilizado internamente pela nova direção.

 

 

Por: Filomeno Sambú

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