O Ministério da Educação Nacional revelou hoje, 14 de dezembro 2017, que a taxa de analfabetismo no país baixou de 60 para 48,9 por cento, nos dez últimos anos, “graças aos esforços das entidades que intervém no sector”.
Esses dados foram anunciados pelo diretor do Serviço de Educação Não Formal da Direção-Geral de Alfabetização e Educação Não Formal, Braima Injai, durante a cerimónia de abertura de “Djumbai Temática” de reflexão sobre a alfabetização e educação não formal e da dinamização da sinergia entre os intervenientes do sector, realizada pela Rede Nacional dos Intervenientes no Sector de Alfabetização e Educação Não Formal em colaboração com a Direção Geral de Alfabetização.
Presidindo o ato, Injai disse na sua intervenção que a Guiné-Bissau é o único país da sub-região em particular da cooperação Sul-Sul [Guiné-Bissau, Brasil e Cabo Verde] que não dispõe de um documento que defina a política nacional reguladora da atividade de alfabetização.
Assegurou ainda que apesar do país não dispor de instrumento regulador do sector, os dados registados refletem o progresso e são encorajadores na medida em que há dez anos a taxa de analfabetismo na Guiné-Bissau era de 60 por cento e graças à sinergia dos intervenientes no sector, regista-se a baixa para 48,9 por cento.
Sublinhou neste particular que a preocupação da Direção-Geral de Alfabetização e Educação Não Formal está centralizada na elaboração e implementação da política nacional reguladora da atividade de alfabetização no país, a semelhança de outros países. “Guiné-Bissau é único país da África que tem problema na divulgação dos dados do analfabetismo, devido a não regularização do setor de alfabetização”, criticou.
O diretor executivo da Rede Nacional dos Intervenientes no Setor de Alfabetização e Educação não Formal, Pedro Gomes, disse que sem uma política e estratégia nacional reguladora de alfabetismo não é possível ter bons resultados e pede ao governo a celeridade na elaboração desde importante documento.
“Estamos a organizar essa atividade, graças ao apoio de uma organização denominada “Pamoja” da África Ocidental, através de financiamento de cooperação Suíça, para melhor conhecer as organizações que operam no sector de alfabetismo no país”, informou Pedro Gomes.
O referido “Djumbai Temática” visa aprofundar reflexão com diferentes atores envolvidos nesse sector e produzir recomendações que possam contribuir para melhorar a atuação do ensino no país.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A

















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