JOMAV REITERA “RESOLUÇÃO INTERNA DA CRISE POLÍTICA GUINEENSE”

O Presidente da República diz estar triste pela forma como o problema da Guiné-Bissau está a ser internacionalizado, por isso volta a defender que a solução para o fim da crise política do país fosse encontrada internamente entre os guineenses.

José Mário Vaz fez esta declaração esta quinta-feira, 14 de Dezembro de 2017, no Aeroporto de Bissau, momentos antes de deixar o país rumo à Abuja (Nigéria), onde deve participar, no sábado, 16 de Dezembro, na Cimeira (52ª) de Chefes de Estado e Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

À margem desta Cimeira, está agendada uma  reunião, para amanhã dia 15, na qual participam todos os signatários do Acordo de Conacri, incluindo o próprio mediador presidente Alpha Condé.

Chefe de Estado diz estar ainda preocupado com o mesmo problema, porque, no seu entendimento, a medida que a questão está a ser internacionalizada significa que a solução para o mesmo problema tem que ser também internacionalizada.

“Mesmo que se decida internacionalizar a crise política guineense seria importante que nós internamente discutíssemos para minimizar o impacto negativo que a internacionalização da crise possa ter ao nível internacional”, aconselha.

Sem ser específico sobre assuntos discutidos e soluções encontradas na reunião realizada ontem (quarta-feira) com algumas partes signatárias do Acordo de Conacri, nomeadamente, PRS e o grupo dos 15, Grupo de P5 e a Sociedade Civil, o Presidente da República disse que a preocupação que tem da internacionalização da crise, por isso decidiu reunir essas partes para definir posições, antes da Cimeira de Abuja.

“A Sociedade Civil não é parte assinante do acordo, mas esteve nas discussões e o próprio P5”, lembra, sublinhando, contudo, que foi por esse motivo que foram também convidados.

Ausentes na reunião estavam o PAIGC, ANP, UM, PCD e PND. Contudo, o Democrata apurou de uma fonte partidária que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) não estava presente no encontro, porque teria pedido à Presidência da República que fosse específica sobre os pontos que seriam tratados naquela reunião.

José Mário Vaz revela, contudo, que durante as discussões houve divergências que o próprio não especificou de que natureza eram as mesmas, mas sublinha que são divergências de ponto de vista que acontecem em qualquer lugar. Para o Chefe de Estado, o importante é que todas as divergências fossem resolvidas ao nível interno.

“A Guiné-Bissau é um país calmo, sossegado onde ninguém é perseguido, morto na rua ou espancado, sobretudo, um país onde há liberdade de imprensa, de expressão e a liberdade à manifestação”, reitera o Chefe de Estado na sua declaração sem direito às perguntas.

Finalmente, José Mário Vaz deixa claro que vai à cimeira de Abuja com uma posição única ”que definitivamente a solução ao problema da Guiné-Bissau seja encontrada internamente”, nota, acrescentando que não vai permitir que a solução aos problemas do país seja internacionalizada. Por isso, convida os protagonistas da crise que voltem à Guiné-Bissau e encontrem a solução da crise internamente.

 

 

 

Por: Filomeno Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche

1 thought on “JOMAV REITERA “RESOLUÇÃO INTERNA DA CRISE POLÍTICA GUINEENSE”

  1. O presidente jose Mario Vaz, e autor da crise e do sofrimento que este povo vive hoje.ele nao sabe fazer boa leitura dos acontecimentos. Perdeu por completo a nacao…senao ja teria recuado…o povo guineense jamais sera dominado por alguem…o que precisamos neste pais Sao homens com obras feitas e nao aqueles que passam todo tempo na guerra. Um presidente que nao consegue ser de todos , nao tera exitos.

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