João Alage Fadia: “SE AS METAS DO FMI FOREM CUMPRIDAS HAVERÁ DESEMBOLSO DE TRÊS MIL MILHÕES FRANCOS CFA”

O ministro do Estado da Economia e Finanças do governo demitido, João Aladje Mamadu Fadia, informou hoje, 21 de março 2018, que depois da 5ª avaliação da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), se as metas forem cumpridas haverá um desembolso para o país da última tranche no valor de 3,03 milhões XOF de direitos especiais correspondentes ao programado.

João Aladje Mamadu Fadia falava à imprensa depois da reunião com a missão do FMI que se encontra de visita de trabalho ao país com o propósito de fazer a última avaliação no âmbito do programa com a Guiné-Bissau.

Na ocasião, Mamadu Fadia disse que tinha começado a abordar com a missão a possibilidade de extensão do programa por mais um ano que terá duas avaliações.

“O governo da Guiné-Bissau acordou com FMI em julho de 2015 um programa de três anos ao abrigo de facilidade de crédito alargado no montante de 17, 04 milhões de direitos especiais de saques. Este programa é sujeito a avaliações semestrais. Ficou suspenso antes da primeira avaliação que estava prevista para dezembro do mesmo ano devido ao não cumprimento de uma das linhas do programa constatado em outubro e que tinha a ver com o financiamento líquido ou empréstimos contraídos junto do sistema bancário nomeadamente do Banco da África Ocidental (BAO) e Banco da União (BDU) para suportar a compra pelo ministério das finanças da carteira de credito mal parado dos referidos bancos, no montante de 35,2 milhões de francos CFA (5,5 por cento do Produto Interno Bruto). A suspensão só foi levantada em dezembro de 2016, com a aprovação pelo conselho de administração do FMI”, explicou Fadia ao Jornal O Democrata.

Recorde-se que na última avaliação realizada em janeiro, o FMI aplaudiu a decisão do executivo guineense de aumentar o investimento público em infraestruturas, mas ressalvou que é preciso uma “gestão cuidadosa”, “planeamento e execução apropriados” e atenção à dívida gerada. O FMI considerou também que a atividade económica tinha continuado dinâmica, suportada por uma gestão fiscal eficaz.

A inflação permaneceu baixa, a receita fiscal estava a crescer de forma robusta e o crescimento do PIB real continuava perto do ritmo de 2017, cerca de 5,5%”. A missão do FMI vai estar no país até 03 de abril.

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: AA

 

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