A República federativa do Brasil vem atrassando momento demasiado peculiar da sua jovem democracia, os tempos têm se revelado estranhos e ao mesmo tempo complicado. Uma onda de convervadorismo que se apossou do Brasil usando e fazendo uso de todos os tipos de meios para fazer retroceder as conquistas alcançadas durantes os governos populares de Lula e Dilma. Conquistas estas que representam um Brasil mista e diversa: ascensão dos povos às Universidades Públicas, direitos e protecção as mulheres como jamais vista naquela sociedade machista, criação de políticas para proteger a população LGBT, políticas públicas para os indígenas que a tempos são marginalizados, aprovação de leis trabalhistas que garantem mais liberdade às empregadas domésticas.
Por outro lado, podemos citar o fortalecemento da política externa brasileira através da Cooperação Sul-Sul, programas de bolsas de estudos como PEC-PG, que permitem jovens africanos, e não só, terem acesso às Universidades Federais brasileiras para cursos de formação superior; programa Bolsa família para suprir a sonante desigualdade do poder de compra, numa sociedade em que a minoria da população detém mais de 40% de toda renda nacional BAS,ILELE, 2017, entre várias outras políticas que o Brasil foi conhecendo a partir de 2004. Ora, neste exato momento em que escrevo este texto, devo dizer que todos estes direitos e garantias estão ameaçados através duma política extremista das sensibilidades que assumiram o país depois da farsante Impecheament contra presidente Dilma Roussef.
Brasil vive uma espécie de, senão, Estado de exceção nesses últimos anos – violações de direitos humanos, execuções da figuras públicas com caracter e situação de guerra, e somando a este cenário, aprovação de congelamento de gastos públicos que na verdade são despesas públicas. Congelar as despesas signfica menos investimento na educação e saúde, princialmente. Ficou claro, como sempre argumentou o professor Boaventura Sousa Santos – está em marcha, no Brasil, um processo para fazer com que o Brasil se retroceda, mas, apenas para os pobres, negros, famintos e, sobretudo, as minorias que apenas puderam galgar uma nova vida durante os dois supracitados governos. Fica, clarividente, esta argumentação, quando se olha o processo e afastamento de Dilma Rouseff, perseguição e destruição de José Dircéu e a própria condenação e prisão do Lula através duma sentença vergonhosa, que possui mais lei da força do que força da lei. Juiz Sérgio Moro tinha que prender o Lula, pois durante todo o processo comportou-se e demonstrou claramente sua vontade persecutória contra Lula e o PT. Fica difícil, mas muito difícil, falar em separação do poder no Brasil nos adventos atuais, quando se olha pela forma como se comportou e tem se comportado o Judiciário brasileiro durante todo esse processo.
Um Juiz que tem um processo aberto, normalmente deveria evitar entrevistas, eventos e prémios por conta do processo em curso. Grampeamento de ligações telefónicas duma presidente de República, etc. De facto, como amante da política internacionais, acompanhante da política brasileira desde 2010, posso dizer que toda situação criada para estancar o PT e o seu projecto político, ganhou mais força e tenecidade, com a reeleição de Dilma em 2014, e agora se abruma com a possibilidade de Jair Bolsonora assumir a presidencia do Brasil, seria o último voo da queda livre em que o Brasil foi obrigadoa estar.
É claro e factual, que o PT tem o seus problemas, mas, nada que se compara aos de partido de Aécio Neves e Alckmin, e muito menos do Bolsonaro. É preciso resgatar o Brasil, neste momento em que toda as figuras e personalidades que pautam pela democracia e civilidade, com exeção dos EUA, querem ajudar na recuperação do Brasil, é preciso que o melhor aconteça em Novembro. Não se pode entregar uma nação tão diversa como é o caso do Brasil à uma figura que ousou e teve coragem de, ao proferir o seu voto no processo de afastamento de Dilma, homenagear Carlos Ustra, torturador de Dilma, e, fez tudo isto, aos olhos nús da rede Globo que transmitiu o golpe de Estado em directo, como afirmou o catedrático professor Francisco Louçã.
Por: Tamilton Teixeira
Sociólogo



















