ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS VOLTAM ÀS RUAS PARA EXIGIR INÍCIO DAS AULAS

O Coletivo dos alunos das escolas públicas e privadas em colaboração com o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) realizou esta sexta-feira, 07 de dezembro 2018, pela terceira vez, uma marcha pacífica para exigir o início das aulas nas escolas públicas.
Apesar do ano escolar 2018/2019 ter sido declarada aberta em outubro do ano em curso, as escolas públicas não chegaram a abrir as suas portas devido à onda de greves desencadeadas pelas organizações sindicais dos professores (SINAPROF e SINDEPROF), que exigem do executivo a implementação (na prática) do Estatuto de Carreira Docente “com efeitos retroativos na sua previsão orçamental”, a conclusão do pagamento dos salários aos professores contratados e novos ingressos do ano letivo de 2017/2018, entre outras reivindicações.
A marcha teve início no “espaço verde” do Bairro d’Ajuda (segunda fase), em Bissau, seguiu a avenida principal (Combatentes da Liberdade da Pátria) até ao Palácio do Governo. Fora da vedação, os alunos gritavam as seguintes palavras de ordem: ‘Queremos ir à escola como os filhos dos governantes!’
Em declaração aos jornalistas no palácio do governo, o porta-voz do colectivo dos estudantes, Bacar Mané, disse que o acordo que será rubricado na próxima segunda-feira entre sindicatos dos professores e governo, depois da intervenção das entidades religiosas do país, não constitui novidade nenhuma, porque, segundo sustentou, já foram celebrados vários acordos que depois deram em nada, ou seja, não foram honrados por ambas as partes.
Neste sentido, Bacar Mané exortou todos os alunos e estudantes das escolas públicas a estarem presentes no dia 10 do mês em curso nas instalações do Ministério da Educação Nacional para testemunharem assinatura de acordo entre governo e os sindicatos do setor do ensino público guineense.
“Jamais admitiremos que sindicatos dos professores levantem greve, começam as aulas para depois em dois ou três meses voltem a paralisar as escolas públicas. Se isso acontecer, vamos fazer marcha contra os sindicatos, pois o sindicalismo exige seriedade”, informou Bacar Mané.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche

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