Ministro da Presidência: “INVESTIR NA CIÊNCIA NUTRICIONAL É DESENVOLVER NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES”

O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Agnelo Regalla, defendeu hoje, 18 de dezembro 2018, que o país precisa investir na ciência nutricional e desenvolver novos hábitos alimentares mais saudáveis para uma vida mais feliz longe de doenças, contribuindo assim para a melhoria da precariedade da situação nutricional na Guiné-Bissau.

Agnelo Regalla fez esta chamada de atenção na celebração do dia nacional da nutrição assinalado esta terça-feira, com o patrocínio do Governo em parceria com o programa alimentar mundial das Nações Unidas e que decorreu sob o lema “Compromisso com a Melhoria da Nutrição para todas e todos”.

O alerta do governante surge numa altura em que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a prevalência nacional da desnutrição crónica é muito alta, situando-se nos 31,7 por cento em crianças entre seis e treze anos e as regiões com mais elevada taxa são Oio, Bafatá, Biombo, Gabú e Tombali.

O governante realçou a importância de dinamizar as cantinas escolares bem como de implementar reformas que permitam melhorar o curriculum em matéria de educação alimentar, para fazer face à desnutrição crónica no país.

A representante do Programa Alimentar Mundial, Kiyoni Kawaguchi, revelou por sua vez que, a nível da África ocidental, a Guiné Bissau é o país com a mais alta taxa da desnutrição, tendo apontado que em cada de três crianças ou mais há uma com nanismo, exortando as famílias guineenses a direcionarem mais a sua alimentação para produtos nacionais saudáveis, neste caso frutas e legumes.

No seu discurso, o presidente do Parlamento Nacional infantil, Júnior Sebastião Tamba, mostrou-se preocupado com a situação de desnutrição crescente, apesar de a Guiné-Bissau ser um país que tem produtos naturais saudáveis que poderiam ajudar a combater o problema que afeta as crianças.

Exortou por sua vez os parlamentares guineenses a elaborarem políticas para uma boa nutrição e leis que contribuam para desencorajar práticas que incentivam a desnutrição. Apelou igualmente ao engajamento do governo guineense nessa matéria, porque ”não querem ver mais mortes infantis causadas por má nutrição”.

Segundo o relatório de uma consulta levada a cabo no mês de novembro de 2018 pelo ministério da saúde pública em parceria com o PAM e pela embaixada de Cuba, as regiões de Bafatá, Gabu e Oio lideram o índice de desnutrição aguda em crianças com 6 a 13 meses e as regiões com alta taxa de desnutrição aguda são Quínara, Oio e Bolama/Bijagós.

 

 

 

Por: Epifania Mendonça

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