Os transportadores públicos iniciaram hoje uma greve de três dias convocada pela Confederação Nacional das Associações dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau (CNAMT-GB). A paralisação afeta os serviços públicos estatais e privados devido a utilização pela maioria dos funcionários públicos dos transportes semiurbanos, vulgos toca-toca. Os grevistas reivindicam o cumprimento de um memorando de entendimento de 18 pontos assinado com o governo.
Uma ronda negocial entre os membros da Confederação das associações de motoristas e governo teve lugar na terça-feira, mas os resultados da reunião não foram suficientes para se evitar a paralisação, apesar do otismo manifestado pelo Director-geral dos Serviços de Viação e Transportes Terrestres, Bamba Banjai.
Entre as reivindicações constam a criação de um guiché único de pagamento de multas, redução das taxas que incidem sobre os transportes públicos, redução de “operações stop” levadas a cabo por agentes de Polícia de Trânsito.
Um dos elementos da Confederação acusou o governo, em entrevista à Rádio Nacional, de falta de vontade na resolução dos compromissos assumidos aquando da assinatura do memorando.
Numa ronda pela cidade de Bissau, um repórter da ANG constatou a circulação apenas de carros de particulares e do Estado e ausência completa de táxis, toca-tocas e candongas que fazem as ligações periferia-centro da cidade e igações ao interior do país respetivamente.
Entretanto, de acordo com a Rádio Jovem, a Polícia de Ordem Pública guineense deteve na manhã de ontem, 19 de dezembro 2018, seis membros da Federação Nacional das Associações dos Motoristas e Transportadores, na sequência da greve desencadeada pela organização sindical.
A informação foi avançada àquela estação emissora pelo presidente da Comissão negocial da federação, Caram Cassama, que responsabilizou o diretor geral de Viação e Transportes Terrestres da Guiné-Bissau pelo sucedido.
Por: Redação
















