A Primeira-dama da República da Guiné-Bissau, Maria Rosa Vaz, afirmou esta quarta-feira, 30 de janeiro 2019, que ao longo da história da Guiné-Bissau, as mulheres tiveram sempre um papel importante, razão pela qual Amílcar Cabral “considerava Titina Sila uma lutadora incansável, amável, simples e uma grande patriota”.
Maria Rosa Vaz fez esta declaração depois de ter depositado coroas de flores na Praça Titina Sila, em Bissau, em homenagem às heroínas nacionais, no quadro da celebração do dia da mulher guineense, 30 de janeiro. Rosa Vaz realçou por outro lado que a luta desencadeada pelas mulheres em relação à igualdade de género não começou agora, mas que tem sido sempre uma tarefa diária e contínua pela sobrevivência “no mundo ainda dominado pela masculinidade a nível global”.
“Nós as mulheres, com as nossas capacidades e maneira de pensar, muitas vezes analisamos os problemas em todas as vertentes com o objetivo de encontrar soluções. Assim, acredito que representamos a esperança para os nossos filhos e o futuro da nossa sociedade. Temos que criar melhores condições para que sejamos mais valorizadas, apostando mais na educação e no fim das práticas nefastas nomeadamente, o casamento precoce e a mutilação genital feminina”, sublinhou Maria Rosa Vaz.
A ministra da Saúde Pública, Família e Coesão Social, Maria Inácia Có Mendes Sanhá, referiu por usa vez que o sucesso de qualquer tipo de transformação social exige o envolvimento das mulheres no mais amplo processo do desenvolvimento da sociedade, pelo que será necessário continuar a lutar. Contudo, mostrou que sem a determinação das mulheres “a revolução nunca será vitoriosa nem se conseguirá a plena participação das mulheres nas esferas de tomada de decisões”.
No entendimento de Luís Silva Melo, presidente da Câmara Municipal de Bissau, para além das heroínas de luta de libertação nacional, o país continua ainda a ter heroínas pós-independência, mulheres que estão a lutar lado a lado com os homens em todas as esperas do desenvolvimento da Guiné-Bissau, sendo que a maior parte da população guineense é constituída por elas, as mulheres.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
