Líder de PUN: “QUEREMOS RECONSTRUIR DE RAIZ O SISTEMA POLÍTICO GUINEENSE VICIADO DE ELEMENTOS DE CORRUPÇÃO”

O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló, disse na tarde de ontem, 28 de fevereiro de 2019, que a formação política que dirige propõe, no seu programa eleitoral, reconstruir o sistema político guineense que, segundo a sua explanação, até hoje está repleto de gente corrupta e que está a regenerar em violência, tendo como consequência uma série de assassinatos que ocorreram no país.    

O político fez estas constatações aos jornalistas depois de um comício popular realizado no bairro militar, círculo eleitoral 29, que serviu igualmente de ocasião para aquela formação política apresentar o seu programa eleitoral ao eleitorado  e aos seus militantes e simpatizantes residentes naquele bairro, periferias de Bissau.

O PUN concorre em todos os seis círculos do setor autónomo de Bissau. A nível das regiões, concorre apenas no círculo eleitoral 13, composto pelos setores de Bambadinca e Xitole, região de Bafatá no leste do país.

Em declarações aos jornalistas, Idriça Djaló assegurou que o sistema político desformatou-se, tendo provocado o desmoronamento de todas as estruturas do Estado guineense, nomeadamente as forças armadas, a administração pública e o sistema judicial. Acrescentou neste particular que a sua formação política fez uma grande reflexão sobre a situação, por isso vai apresentar aos guineenses em geral e aos eleitores em particular a sua visão estratégica no que concerne à reforma institucional.

“Fala-se das necessidades socias. É verdade que somos um país absolutamente carenciado e com problemas sérios de infraestruturas rodoviárias. Deparamo-nos com falta de água potável e de electricidade. Quero dizer aos guineenses que jamais poderemos resolver estas carências estruturais, se não criarmos riqueza. Devemos trabalhar seriamente e na base da transparência na gestão da coisa pública para criarmos riqueza em grande escala, a nível nacional. Temos que começar pela agricultura, mas para isso é preciso sairmos da agricultura manual. E preciso apostarmos na mecanização e modernização da agricultura para aproveitarmos, na verdade, a nossa potencialidade”, espelhou.

Avançou ainda que a Guiné-Bissau tem uma enorme potencialidade a nível das pescas, mas os sucessivos governos apenas trabalharam com preguiça que é a venda de licenças a empresas das pescas. Adiantou que o desafio do seu partido será criar uma frota nacional de pesca industrial. Lembrou que o setor das pescas, se for bem aproveitado, pode criar dezenas de milhares de empregos.

Djaló disse que é possível trabalhar seriamente para a transformação dos produtos cultivados no solo guineenses, dando emprego aos guineenses e criando mais riqueza para o Estado e para os agricultores. Esclareceu a razão que o levou a recusar sempre o convite de trabalhar com os diferentes executivos até resolver os seus projetos individuais em termos de investimentos, porque “mesmo que seja apenas por um dia servi o governo na administração guineense, haverá pessoas que depois dirão que o Idriça Djaló roubou do Estado para investir”.

Por: Assana Sambú

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