O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Niculau dos Santos, disse na tarde desta quinta-feira, 04 de abril de 2019, que as 52 toneladas de arroz apreendidas pela Polícia Judiciária guineense foram colocadas no armazém do cidadão Botche Candé [Conselheiro do Presidente José Mário Vaz para área da Defesa e Segurança Interna e Externa], arrendado pelo próprio ministério, na cidade de Bafatá, com o intuito de prosseguir com a sua distribuição mais tarde, numa cerimónia conjunta com o Chefe do Governo e o Embaixador da China na Guiné-Bissau. 

Garantiu ainda que o contrato de arrendamento foi celebrado através de um contrato datado de 01 de março último. 

Niculau dos Santos disse que o arroz apreendido pela PJ não foi desviado nem roubado, tendo assegurado que foi colocado no armazém pelo próprio ministério no âmbito de um plano de distribuição a nível nacional do donativo recebido do governo chinês.

“Entregamos primeiramente às instituições de caridade e todas as representações religiosas a nível nacional, e a todos os estabelecimentos hospitalares da capital. Temos um plano de distribuição aprovado pelo chefe do governo, Aristides Gomes no âmbito do qual a região de Bafatá deve receber 220 toneladas, que correspondem a 4400 (quatro mil e quatrocentos) sacos. Já tínhamos enviado quatro mil sacos, 200 toneladas, e faltavam outras 20 toneladas, que foram enviados ontem (quarta-feira) a cidade de Bafatá”, explicou o titular da pasta da agricultura.

Questionado se o ministério contactara a Polícia Judiciária, respondeu que ele mesmo já tinha comunicado à diretora daquela força policial com quem abordou o assunto e confirmou que o arroz fora colocado naquele armazém pelo seu ministério e que não tinha sido desviado. Avançou ainda que apresentou à diretora os documentos do arrendamento, mas que mesmo assim a Polícia Judiciária decidiu prosseguir para a apreensão do mesmo.

Por: Assana Sambú