O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) acredita na mediação encetada pela missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEA) com os partidos representados no parlamentar no sentido de obter o consenso político sobre a formação da Mesa de Assembleia Nacional Popular. A posição do MADEM, que representa a segunda maior força política no parlamento guineense, foi defendida por um dos seus vice-coordenadores, Aristides Ocantes, em declaração aos jornalistas à saída da reunião com a missão da CEDEAO, na capital guineense.
A missão sub-regional dirigida pelo ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros e igualmente Presidente do Conselho de Ministros da
CEDEAO, Geoffrey Onyeama, chegou a Bissau por volta das 11 horas e seguiu de imediato para o Palácio da República. Lá, reuniu-se com Presidente da República, José Mário Vaz. A missão está igualmente composta pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Jean Claude Kass-Brou, Secretário-geral da Presidência da República da Guiné-Conacri, Naby Issuf Kiridi Bangura, representante da CEDEAO no país, Blaise Diplo e membros do Gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiro de Nigéria.
A delegação ministerial da CEDEAO reuniu-se primeiramente com os dirigentes do MADEM e do PRS, que defendem a mesma posição quanto à formação da mesa do parlamento. E de seguida recebeu a delegação dos libertadores (PAIGC) juntamente com as restantes formações políticas com as quais o PAIG tem um acordo de incidência parlamentar e governativa e que o permitiu constituir a maioria parlamentar, designadamente: APU-PDGB, UM E PND.
Aristides Ocante reforçou igualmente que o seu partido defendeu na reunião a necessidade do respeito pela Constituição da República e do Regimento da Assembleia Nacional Popular, contudo, pediu igualmente o esforço das partes no sentido de encontrarem um espaço do entendimento ou do consenso.
“Não seria normal que logo no início da constituição da mesa do parlamento que houvesse este impasse político ou bloqueio institucional. Esta missão ministerial mostrou-nos a sua abertura em ajudar a encontrar uma solução airosa que possa pôr cobro a mais este ato que não orgulha o país e os guineenses em geral, portanto estou convencido que haverá uma saída a partir de hoje para este impasse”, assegurou.
Frisou ainda que o partido com 46 por cento dos deputados no parlamento não pode dominar a Mesa de Assembleia com 80 por cento dos cargos. No entanto, adianta que isso é inaceitável em qualquer democracia. E aproveitou a ocasião para pedir aos libertadores (PAIGC) uma abertura e, sobretudo que aceite que, de acordo com a lei, o posto de primeiro secretário seja ocupado pelos renovadores (PRS).
“Outra questão é que o MADEM não tem nenhuma objeção em relação ao preenchimento do seu cargo do segundo vice-presidente. Mas na verdade este cargo é um cargo que por lei, seja o regimento ou a Constituição, ao MADEM preenchê-lo. O bom senso indicava que como aconteceu na eleição do presidente do Parlamento e do primeiro vice-presidente, houvesse um consenso generalizado no mesmo sentido na escolha do segundo vice-presidente da ANP”, espelhou.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S



















