As organizações da sociedade civil do país exigiram esta sexta-feira, 24 de maio de 2019, a nomeação de novo Primeiro-ministro com maior brevidade pelo Presidente da República, José Mário Vaz, de forma a concretizar a vontade popular expressa nas urnas a 10 de março e marcação da data das eleições presidenciais, observando o cronograma eleitoral proposto pela CNE.
A exigência foi tornada pública pelo porta-voz das organizações, Augusto Mário da Silva, através da declaração pública do fórum de reflexão das organizações da sociedade civil, realizada na casa dos direitos em Bissau. De acordo com o documento, as organizações da sociedade civil manifestam a sua profunda preocupação e repúdio pelo fato de volvidos mais de 70 dias, após as eleições legislativas, ainda não haver um governo legitimado nas urnas a frente dos destinos do país.
No mesmo documento a sociedade civil manifestou igualmente a sua indignação como os partidos políticos têm vindo a demostrar pouca sensibilidade e respeito pelos compromissos públicos assumidos perante o povo e a nação,nomeadamente: o pacto de estabilidade política e social assinado no passado 14 de fevereiro do ano em curso e a deterioração das condições de vida da população guineense, agravada pela corrupção generalizada e institucionalizada, gerando a incapacidade dos órgãos da administração pública em satisfazer as necessidades coletivas nos mais variados sectores da vida nacional.
Porta-voz das organizações da sociedade civil para também do crescente ambiente de tensão e crispação social que se vive atualmente na Guiné-Bissau, lamentando, contudo, a demora injustificada na formação do governo legítimo, com competências para definir e executar políticas públicas tendentes a garantir o bem-estar geral. Na visão de Augusto Mário da Silva este ambiente constitui uma forte e séria ameaça à manutenção de um clima de paz de tranquilidade e da coesão nacional.
“Queremos reafirmar a determinação das organizações da sociedade civil em continuar a seguir de perto o evoluir da situação política e exigir que o bem-estar social seja garantido e também queremos apelar ao povo para se manter atento e intransigente na defesa e preservação das conquistas democráticas”, lê-se no documento divulgado esta sexta-feira.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A



















