O recém eleito Presidente da República da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, exortou o primeiro-ministro Aristides Gomes a trabalhar arduamente para cumprir com o seu programa aprovado na Assembleia Nacional Popular. 

Sissoco Embaló fez esta advertência durante o seu primeiro discurso de vitória, na presença de todos os candidatos e os partidos políticos que lhe apoiaram nas eleições presidenciais e de altos dirigentes do seu partido (MADEM-G15). O evento decorreu numa das unidades hotaleiras da capital Bissau, num ambiente de pequeno comício.

Embaló pediu ainda ao executivo de tudo fazer para superar urgentemente as carências existentes a nível da educação, saúde, energia, das infraestruturas, autosoficiencia alimentar e transparência nas finanças públicas.

Presidente eleito advertiu ainda que todas as instituições da república devem congregar esforços para combater o fenómeno do tráfico da droga e da corrupção no país.

Relativamente às reformas perspectivadas, disse que deve-se avançar com as reformas institucionais que se julgam oportunas para reforçar o sistema democrático e de estado do direito.

Prometeu ainda promover uma boa relação com a comunidade internacional que tem dado seu  apoio e reconhece que o povo guineense continua a precisar deste apoio. Embaló prometeu igualmente dar uma atenção especial à diáspora guineense. Apelou neste particular à união entre os guineenses, a concórdia e a reconciliação entre todos, como base essencial para cimentar a irmandade que, de acordo com ele, sempre caracterizou e que tem permitido uma convivência pacífica entre os cidadãos da Guiné-Bissau.

“É chegado o momento de acreditarmos em nós mesmos e, por isso devemos aproveitar as nossas potencialidades e pôr mãos à obra como via para criarmos as riquezas e desenvolver o país”, enfatizou Embaló.

Prometeu neste particular que vai ouvir sempre os ex-presidentes da república na tomada de grandes decisões. E garantiu que não vai humilhar o seu adiversário, candidato apoiado por PAIGC, Domingos Simões Pereira. 

Sissoco prometeu  a justiça para todos os cidadãos guineenses, porque “ninguém não está acima da lei”. E aproveitou a ocasião para enaltecer a atitude republicana das forças armadas ao longo dos cinco anos de crise política.

Por: Assana Sambú/Epifância FernandesFoto: Marcelo Na Ritche