Úmaro Sissoco Embaló, candidato declarado vencedor das últimas eleições presidenciais de 29 de dezembro do ano passado pela Comissão Nacional de Eleições, confirmou a sua tomada de posse para o dia 27 de fevereiro, “sem grandes custos ao Estado”. Sissoco Embaló disse acreditar que até antes da data de posse o Supremo Tribunal de Justiça terá o tempo de pronunciar-se sobre o contencioso eleitoral na sequência de um recurso interposto pelo candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verve (PAIGC), Domingos Simões Pereira. 

“Penso que até lá o Supremo terá o tempo de pronunciar-se. Deixo o órgão [STJ] fazer o seu trabalho, eu estou a fazer o meu trabalho político. Eu no dia 27… Haverá duas fases… Como sempre disse durante a campanha que a minha tomada de posse não acarretaria custos para os cofres do Estado. O país tem que ter a sua prioridade. Não há escola, há greve, não há salários… Penso que a Guiné-Bissau em vez de pensar na tomada de posse e gastar muito dinheiro, convém pagar salários aos professores. Os meninos têm que estudar. Temos essa sociedade assim, porque não temos tido ensino. Lema do meu mandado será “livro na mão”, sublinhou.     

O candidato suportado pelo Movimento para a Alternância Democrática falava aos jornalistas este domingo, 23 de fevereiro de 2020, no Aeroporto Internacional de Bissau de regresso de uma viagem que o levou à Indonésia, à Turquia, à África do Sul e à Nigéria e disse ter recebido promessa do chefe de Estado da Indonésia em visitar ainda este ano a Guiné-Bissau e anunciou que brevemente uma companhia turca começará a operar  na Guiné-Bissau e a chegada de jangadas para colocar nas travessias tidas como prioritárias para tirar o país do isolamento. 

“Recebi também o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) que disponibilizou-se a ajudar a Guiné-Bissau para aquecer a sua economia. O país passou nos últimos cinco anos uma situação muito complicada e com a nova liderança terei que usar as minhas relações para o bem da Guiné-Bissau. Falei com o governo português que também quis ajudar o país”, referiu Sissoco Embaló.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S