
O ministro do Interior, do governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, Botche Candé, disse estar preocupado com a situação dos auxiliares nas estruturas das forças de segurança que prestam serviços sem efetivação na Função Pública guineense. O governante apelou à união, ao respeito mútuo no seio das forças de segurança e à eliminação do espírito de vingança, para promover a paz e criar condições para que todos os cidadãos nacionais e estrangeiros possam viver em segurança e desenvolver os seus negócios tranquilamente.
Botche Candé fez estas considerações à margem da visita que efetuou esta segunda-feira, 16 de março de 2020, à Polícia da Ordem Pública, Guarda Nacional, Brigada da Ação Fiscal, Polícia Trânsito da terceira, quarta, quinta, sexta e sétima esquadras, em Bissau, e às outras estruturas do Estado sob a dependência direta do Ministério do Interior.
Jornal O Democrata apurou que o Ministério do Interior conta neste momento, em Bissau, com cerca de três mil elementos das forças de segurança dos quais 1.741 são auxiliares.
“O que podemos fazer é perdoarmo-nos uns aos outros, mas a disciplina e a ordem têm que ser observadas na Guiné-Bissau”, advertiu o ministro em declaração aos jornalistas.
Candé referiu que é necessário lutar para que todos os elementos das forças de segurança que recebam ordenado incompatível com as patentes que têm e possam ter um salário justo que lhes dignifique e sejam efetivados enquanto servidores do Estado. Botche Candé pediu ainda às forças de segurança a distanciarem-se da política e garantir que o clima de estabilidade que se vive no país e nas forças da defesa e segurança não sejam postas em causa.
Na brigada Costeira, por exemplo, Botche Candé defendeu a maior organização ao nível das estruturas que fazem parte dessa unidade, sobretudo no que diz respeito ao combate à pesca ilegal na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.
Segundo Botche Candé, em todas as unidades visitadas a maior preocupação registada está relacionada às pessoas que recebem salário que não corresponde aos seus patentes e às que estão em função há vários anos, mas que continuam em regime de auxiliares sem serem efetivados na Administração Pública.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S