DIRETOR-GERAL DO TURISMO ESTRANHA ENVOLVIMENTO DA SUA ISNTITUÇÃO NA VENDA DE BOLSAS DE ESTUDO

O diretor-geral do Turismo, Sirma Seide, reagiu com estranheza esta segunda-feira, 27 de julho de 2020, o envolvimento da sua instituição na suposta venda de bolsas de estudo para cursos técnico-profissionais em Lisboa, que o Turismo conseguiu graças a acordos de parceria que assinou com algumas universidades em Portugal.

Aos jornalistas, Sirma Seide disse ter ficado surpreendido com as informações veiculadas na praça pública em como a Secretaria de Estado do Turismo terá vendido as bolas a terceiros e negou qualquer envolvimento da direção-geral do Turismo na suposta venda, tendo sublinhado que tais informações não correspondem à verdade, porque, mesmo que se tratasse de verdade “ninguém do Turismo tem a autorização para fazê-lo”.

Desafiou todos a provarem o seu envolvimento e esclareceu que a lista de alunos fixada à entrada da instituição não é do conhecimento da Secretaria de Estado do Turismo, mas tem a ver com um grupo de jovens ligados à direção da Indústria. Assinalou que, segundo informações avançadas pelo grupo, todos os estudantes inscritos foram informados de que as bolsas eram a quinhentos mil (500.000) francos CFA, portanto “esse assunto não o preocupa”.

“Mas o que nos preocupa é o fato de esse grupo ter convidado para uma reunião os candidatos/estudantes que não passaram pelos testes à Covid 19  e o Turismo informou-lhes que a condição de inscrição, que havia sido fixada em quinhentos mil francos CFA, subiu para dois milhões de francos CFA. Essa informação deixou os candidatos chocados e como não tinham informações claras, começaram a especular e a associar o Turismo, acusando a sua direção de estar a vender as bolsas a terceiros a um preço de dois milhões de francos CFA”, indicou.

O diretor-geral do Turismo informou que só depois ter reunido com o grupo é que foi informado pelos elementos do mesmo que era uma coisa a margem do Turismo e que haviam feito contatos com as universidades que ditaram tais condições, por isso decidiram subir o preço de quinhentos para dois milhões de francos CFA, devido à Covid-19.

Sirma Seide revelou que neste momento o Turismo tem uma média de mais setecentos inscritos, dos quais duzentos já foram submetidos a testes. Adiantou que em função das solicitações que vai recebendo das escolas com as quais tem parcerias, o número de bolseiros poderá subir.

Frisou que depois de a sua instituição ter recebido os documentos da parceria, no âmbito das bolsas para os estudantes de curso técnico em Lisboa, fez-se de imediato um concurso público para candidatos com idade compreendida entre 15 a 28 anos.

“Neste momento estamos a receber apenas inscrições para as universidades que ofereceram cursos técnico-profissionais para estudantes de 25 a 19 anos”, precisou.

“Foi organizado um teste, mas não conseguimos atingir o número de alunos (de 15 a 19 anos) de que precisávamos. Dada a pressão das universidades, decidimos fazer a seleção e enviar os nomes de alunos que reuniam as condições exigidas. Os alunos serão isentos de tudo, nomeadamente, do pagamento das propinas, alojamento, alimentação, deslocação de Bissau para Lisboa e beneficiarão de algum subsídio mensal”, assegurou.


Por: Filomeno Sambú

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