O Grupo de filhos e Amigos das Ilhas de Nago e Tchedengha, acusou terça-feira última em Bissau a Organização Não Governamental, Tiniguena (Esta terra é nossa) de falta de cumprimento de promessas para com as comunidades. Em conferência de imprensa, o Coordenador do grupo, Francisco Mário da Costa disse que a Tiniguena não honrou seus compromissos de construir escolas, postos sanitários e pirogas de ligações entre ilhas e Bissau.

Acusou a Tininguena de ter colocado uma placa, sem nenhuma negociação com as comunidades locais, que proíbe outras organizações de trabalhar ou praticar actividades ligadas ao desenvolvimento das ilhas.
Mário da Costa apelou as autoridades nacionais a intervirem na resolução deste diferendo sob pena da sua associação entrar um dia em confronto com os responsáveis da Tiniguena.

“Já demos o conhecimento ao deputado eleito naquela zona e neste momento queremos uma intervenção urgente de quem de direito para ultrapassar este problema, nós não estamos interessados a sentar a mesma mesa com esta organização para dialogar”, acrescentou.

O adjunto responsável do grupo, Braima Dukuré, asseverou que a Tiniguena entrou nas ilhas de Nago e Tchedengha para dividir a comunidade com os pescadores que ajudavam muito os populares no transporte e evacuação de produtos e pescados, salientando que hoje ninguém pode viajar por causa da falta de transporte.

‘’Estamos no castigo, as nossas mulheres não podem apanhar combés e ostras para o consumo. Portanto não queremos Tiniguena na nossa zona porque não está a ajudar a população, pelo contrário o benefício da comunidade é a humilhação por parte dos responsáveis dessa organização. Não vamos permitir que alguém entre na ilha fazer o que lhe interessa, porque somos pessoas esclarecidas, temos que trabalhar com as organizações que podem ajudar a comunidade, não as que querem explorar”, declarou.

 

Por: Aguinaldo Ampa