O Primeiro-Ministro, Nuno Gomes Nabiam, disse que o governo aguarda pela responsabilização judicial dos presumíveis autores envolvidos no rapto de dois ativistas políticos, nomeadamente, Queba Sané (vulgo R. Kelly) e Carlos Sambú. Acrescentou que os atores desse ato devem ser punidos de acordo com a lei.
Nabiam fez estas advertências durante a sua declaração aos jornalistas este sábado, 10 de outubro de 2020, no termo da visita às instalações do Centro de Instrução Militar de Cumeré, no setor de Nhacra, região de Oio no norte da Guiné-Bissau.
O chefe do governo lamentou o estado da degradação do centro que outrora era uma referência. Lembrou que vários chefes militares passaram por aquele centro, como por exemplo, o atual ministro da Defesa Nacional, o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e alguns oficiais do exército guineense.
Acrescentou ainda que a situação em que se encontra o Centro de Saúde de Cumere é lastimável, de maneira que os governantes devem assumir as suas responsabilidades em recuperar o centro que não vai servir só para preparar militares, mas também outras forças produtivas do país.
Nabiam lamentou as condições em que encontra o centro de saúde de Cumeré e realçou o problema de água no Centro, levantamento do muro, recuperação das casernas que estão sem portas, nem janelas e nem teto.

Sobre estas constatações, o Primeiro-ministro disse que “paulatinamente” vão iniciar, “o mais rápido possível”, as obras que serão executadas pela engenharia militar.
Sublinhou que o Estado-Maior das Forças Armadas e o Ministério da Defesa Nacional vão definir prioridades das prioridades, com destaque para a colocação de furos de água que devem constar no cronograma definido pelas duas instituições, através da engenharia militar.
“Sabemos que o país não está bem em termos económicos, mas vamos fazer de tudo para trabalhar no sentido de preservar o património nacional. Esta é segunda vez que o executivo veio visitar o centro. Portanto, podem acreditar que vamos fazer tudo possível para recuperar o centro que outrora era referência nacional”, garantiu.
Interrogado sobre a denuncia dos dois ativistas que acusam o chefe de segurança do Presidente da República, Tcherno Bari, de ser o autor material do rapto de que foram alvos, Nuno Gomes Nabiamrepudiou o ato e lembrou que ninguém está acima de lei, mesmo o Chefe de Estado e o Primeiro-ministro, tendo assegurado que ninguém pode fazer justiça com as suas mãos.
“Devemos respeitar à justiça e esperarmos que a Procuradoria Geral da República pronuncie-se sobre esse assunto, no termo do inquérito em curso”, assegurou.
Refira-se que o chefe do governo fez-se acompanhar nesta visita do ministro da Defesa, do ministro do Interior, das Finanças, da Administração Territorial e Poder Local, dos Secretários de Estado dos Combatentes e da Ordem Pública, como também do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e do seu adjunto, bem como de altos oficiais militar, da Guarda Nacional e o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública.
Por: Assana Sambú
















