Opinião: OLHANDO PARA O ANO 2021 – NOVO CAPÍTULO DA AMIZADE SINO-GUINEENSE

Como o 13°  Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular da China na República da Guiné-Bissau, foi uma grande honra que entreguei as Cartas Credenciais ao Sr. Presidente Umaro Sissoco Embaló, e comecei a exercer oficialmente a minha funcão no dia 12 de Outubro de 2020, o primeiro dia útil depois da minha chegada a Bissau.

Nos últimos dois meses, encontrei-me com oslíderes do país e ministros do Governo e trocámosopiniões sobre o desenvolvimento das relações bilaterais na próxima fase. Também cheguei a visitar várias instalações que têm recebido apoios da China, nomeadamente o Hospital de Amizade Sino-Guineense, o Hospital Regional de Cachungo, a Universidade Lusófona, o Liceu Nacional Kwame Nkrumah e a Escola dos Surdos e Mudos. Através dos encontros e visitas, conheçoprofundamente a firme determinação dos nossos dois Governos no sentido de promover ainda mais a cooperação de benefício mútuo e as fortes expetativas de todos os setores da sociedade guineense para aprofundar as relações bilaterais.O mais importante é que sinto pessoalmente a hospitalidade e a amizade do povo guineenses para com os amigos chineses. Esta amizade foi estabelecida pelos líderes históricos dos dois países nos anos da luta pela independência e libertação nacional da Guiné-Bissau.

Somos sempre bons irmãos e parceiros e apoiamo-nos um ao outro neste caminho de amizade. O povo chinês jamais se esquecerá de que o Governo da Guiné-Bissau e os amigos guineenses expressaram a solidariedade à China logo depois do surto da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e ficaram ao lado da China no período mais difícil do combate à pandemia. Ao mesmo tempo, a China tem acompanhado de perto o desenvolvimento da pandemia na Guiné-Bissau, oferecendo várias vezes materiais médicos e compartilhando as experiências do controle da pandemia com a Guiné-Bissau. Até agora, a China já ofereceu, através de canais diferentes, mais de 30 mil kits de testes e 400 mil máscaras ao povo guineense. Apraz-nos de ver que, com os esforços de todos, a pandemia na Guiné-Bissaun já está sob controle. Sinto-me satisfeito de conhecer também que a 11aequipa de especialistas agrícolas e a 17a equipa médica enviadas pelo Governo da China à Guiné-Bissau têm trabalhado sem parar nas cidades de Bafatá, Cachungo e Bissau, lutando ao lado do povo guineense contra a pandemia, o que demostra mais uma vez a fraternidade dos dois países que partilha bem e mal.

A China termina o seu 13º Plano Quinquenal no ano 2020. Durante os últimos 5 anos, temos obtido grandes conquistas tais como: mais de 55,75 milhões de habitantes rurais foram retirados da pobreza e foi estabelecido o maior sistema da segurança social do mundo. Todas estas conquistas são resultados da luta incessante do povo chinês sob a liderança do Partido Comunista da China no caminho rumo à prosperidade comum.

Com a porta cada vez mais aberta para o mundo, a China elevará o seu nível de abertura no futuro. Continuando a aderir ao princípio de igualdade e benefício mútuo, a China construirá um novo mecanismo de economia aberta e promoverá a construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa de “Um Cinturão e Uma Rota”. Não há dúvida que o desenvolvimento da China vai trazer mais oportunidade para a cooperação China-África e a industrialização da África. Ainda neste ano, a China será o maior mercado de consumo do mundo. Estamos dispostos a importar mais produtos dos países africanos, incluindo a Guiné-Bissau.

Olhando para o ano 2021, a China e a Guiné-Bissau vão aprofundar a cooperação, na qual a China vai apoiar nos seguintes: a luta contra a pandemia, o Hospital Afiliado do Colégio Médico de Norte de Sichuan da China já estabeleceu o mecanismo de cooperação com o Hospital Regional de Canchungo da Guiné-Bissau, o queajudará a melhoria das condições e capacidadesmédicas do país. A fim de aliviar a dificuldadealimentar provocada pela pandemia, a China decidiu providenciar à Guiné-Bissau 2.600 toneladas de arroz como assistência alimentar de emergência, e os trabalhos preparativos estão em processo. O projeto da autoestrada de Aeroporto-Safim alcançou novos progressos e, a parte chinesa e a parte guineense concordam que a cerimónia de lançamento da primeira pedra será realizada em janeiro do ano 2021. Além disso, as duas partes também assinaram o acordo de implementação do projeto de manutenção do Palácio da Assembleia Nacional Popular.

Desde que seja uma proposta benéfica para o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau e favorável ao fortalecimento da amizade bilateral, a China está numa posição aberta e está disposta a trabalhar juntamente com a Guiné-Bissau para expandir as áreas de cooperação e libertar maispotencial de cooperação.

Sob a liderança do Sr. Presidente Umaro Sissoco Embaló, a situação política da Guiné-Bissau estácada vez mais estável. Espero sinceramente que a Guiné-Bissau continue a esforçar-se no sentido deformar mais intelectuais, aperfeiçoar o ambiente comercial e promover a capacidade de atrair oinvestimento a fim de acelerar o desenvolvimento do país. Acredito que dentro do quadro da Iniciativa de “Um Cinturão e Uma Rota” e do FOCAC, os dois países terão mais oportunidades de cooperação. A parte chinesa continuará a fornecer, dentro do seu alcance, apoio à parte guineense como sempre. Sendo o novo Embaixador da China, sinto-me honrado por o meu país poder contribuir para o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau e envidarei todos os meus esforços para continuar a aprofundar a nossa cooperação em todas as áreas e elevar as relações bilaterais a um novo patamar. Estou cheio de confiança no futuro brilhante da Guiné-Bissau.

Há poucos dias, entreguei pessoalmente à Sra. Primeira Dama da Guiné-Bissau o Cartão do Ano Novo do Presidente da China Sr. Xi Jinping e sua esposa, Professora Peng Liyuan, endereçado aos seus homólogos guineenses. Queria aproveitar esta oportunidade para expressar, em nome da Embaixada da China na Guiné-Bissau, as saudações do ano novo e os votos de boas sortes ao povo guineense!


Bissau, 30.12.2020

Por: Guo Ce

Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau

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